34a fase da Lava Jato mira operador de propinas do PMDB

23 de setembro de 2016 13:18

A 34ª fase da Operação Lava Jato, nomeada de Arquivo X, que levou para a cadeia o ex-ministro da Fazenda Guido Mantega, tem como alvos dos supostos pagamentos de propina não só o PT, mas também o PMDB, conforme noticiou o portal Metrópoles, nessa quinta-feira (22/09). A Lava Jato é coordenada pelo Delegado Federal Márcio Anselmo.

 

O lobista João Augusto Henriques, ligado ao partido e à Petrobras, recebeu valores do suposto esquema de corrupção no contrato de US$ 922 milhões para construção de módulos das plataformas de exploração de petróleo P-67 e P-70. Henriques teria recebido R$ 7,4 milhões e supostamente repassado ao partido. Os valores foram repassados entre fevereiro e dezembro de 2013, segundo o pedido de prisões e buscas da Operação Arquivo X. 

 

O ex-executivo da Petrobras Eduardo Musa havia confessado, em delação premiada, o repasse de propinas para o operador do PMDB. A Lava Jato anexou a delação do ex-gerente da estatal que virou também executivo da Sete Brasil – empresa criada pela Petrobras com bancos e investimento de fundos de pensão federal para contratar a construção de plataformas para o pré-sal, a partir de 2011. 

 

A segunda e terceira vertentes dos pagamentos suspeitos nos contratos das plataformas P-67 e P-70 teriam beneficiado o PT via repasses ao ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, ao ex-deputado André Vargas e ao marqueteiro do partido João Santana, que atuou nas campanhas de Dilma, em 2010 e 2014, e de Lula, em 2006. 

 

As investigações trabalham com a hipótese de que os valores repassados a Santana foram por dívidas da campanha que elegeu Dilma pela primeira vez, em 2010. A suspeita é porque o empresário Eike Batista afirmou ter atendido o pedido de Guido Mantega e depositou US$ 2,35 milhões em contas do casal de marqueteiros João Santana e Mônica Moura. 

 

Leia a íntegra da matéria do portal Metrópoles: http://zip.net/bdttz3