35ª fase da Lava Jato investiga propinas nas obras do Metrô de SP
A Operação Omertà, 35ª fase da Lava Jato, que é coordenada pelo Delegado Federal Filipe Hile Pace, identificou, através de 32 conjuntos de e-mails da Odebrecht, uma lista dos casos em que a empresa é suspeita de ter pago propina a políticos para obter vantagens indevidas em contratos com o poder público, noticiou esta terça-feira (27/09) o jornal Estado de S. Paulo.
Entre os e-mails investigados, estão mensagens com pedidos de pagamentos de porcentagens referentes a obras das linhas 2-Verde e 4-Amarela do Metrô de São Paulo. Os e-mails revelam ainda um pedido de pagamento de R$ 500 mil, em 2004, relacionado a uma “ajuda de campanha com vistas a nossos interesses locais”.
“Verificou-se que alguns pagamentos eram solicitados explicitamente a título de contribuição para campanhas eleitorais, mas, ao contrário de qualquer alegação de que se tratariam apenas de contribuição popularmente conhecida como caixa 2, encontravam-se diretamente atrelados ao favorecimento futuro da Odebrecht em obras públicas da área de interferência dos agentes políticos”, afirmou o Delegado Federal Filipe Hile Pace, ao jornal.
A reportagem ainda informa que uma das mensagens, assinada pelo diretor da Odebrecht responsável pelo contrato da Linha 4, Marcio Pellegrini, ao Setor de Operações Estruturadas da empreiteira, conhecido como “departamento de propinas” da empreiteira, há uma referência ao codinome “Santo”. Entretanto, ainda não se sabe a quem se referem os codinomes destas planilhas e, por isso, os possíveis destinatários destes pagamentos não foram alvo da Operação Omertà.
A operação também apontou uma lista de obras no Rio de Janeiro que foram citadas nas mensagens. Entre elas, 14 se referem a obras no Rio de Janeiro – 11 na capital, duas em Rio das Ostras (Região dos Lagos) e uma em Campos (norte fluminense).
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