A busca na casa de Garotinho
Garotinho ficou em casa durante todo o dia e, segundo amigos que foram prestar solidariedade, estava tranqüilo e atendeu os policiais pessoalmente. Ele apareceu na janela, mas não falou com a imprensa. Ao longo do dia, publicou comentários em seu blog sobre a ação da PF. No primeiro, às 10h48m, Garotinho disse que até aquele momento não havia sido informado sobre nada, oficialmente: “Estou com a consciência tranqüila e, portanto, nada tenho a temer”.
Em outro, às 16h34m, comenta: “Não foi apreendido nenhum computador, nenhuma quantia em dinheiro, nenhuma arma, apenas uns poucos objetos de uso pessoal e da minha família. Levaram até a agenda do motorista e uma conta de gás da CEG. A covardia praticada contra minha família não ficará sem resposta. Não há nenhuma prova material de nenhum ilícito que tivesse sido praticado por mim”.
A movimentação em frente à casa foi grande durante todo o dia. No início da noite, o ex-prefeito de Campos Geraldo Pudim chegou ao local. O vice prefeito de Campos, Roberto Henriques, esteve na casa durante a ação da PF e voltou à tarde. Segundo ele, Garotinho soube pela imprensa que havia sido denunciado por formação de quadrilha armada:
– Jesus de Nazaré, por exemplo, respondeu a quatro processos. Homens públicos estão sujeitos a isso – disse Henriques, acrescentando que Garotinho não estava abatido por causa das denúncias. – Ele está animadíssimo. Não foi apresentar o programa de rádio por que aguardava a Polícia Federal. O governador e a governadora estão tranqüilos.
Garotinho mora, há cerca de dois meses, numa casa de três andares, na Rua Engenheiro Alfredo Modrach. Esse não foi o primeiro endereço procurado pelos agentes. Às 6h, a equipe foi cumprir os mandados no Edifício Condessa Dias Garcia, na Praia do Flamengo 316. Garotinho havia morado, por oito meses, num apartamento de quatro quartos.