Ação da PF em conjunto com o Bacen recebe Prêmio Ajufe: Boas Práticas de Gestão
O Projeto Moeda Falsa, desenvolvida pela Polícia Federal em parceria com o Banco Central do Brasil (Bacen), recebeu o 1º lugar no "Prêmio Ajufe: Boas Práticas de Gestão", na categoria “Boas práticas para a eficiência da Justiça Federal Pública”.
O resultado foi publicado no dia 26 de maio e a premiação será entregue durante o II Fórum Nacional de Administração e Gestão Estratégica da Justiça Federal (Fonage), em São Paulo.
A prática, inscrita pelo Delegado Federal Franco Perazzoni em conjunto com colegas da PF e do Bacen, consiste em um sistema de classificação e catalogação de cédulas falsas, de modo que características comuns sejam identificadas, para indicar, por exemplo, um mesmo equipamento de origem ou região do país.
O documento de inscrição do Projeto Moeda Falsa esclarece que, a partir da catalogação das cédulas falsas, foi possível a criação de um banco de dados no Bacen, denominado Sismecir, que se tornou uma fonte de dados completa para auxílio de investigações e processos judiciais.
Para o Delegado Federal Perazzoni, o projeto é importante por permitir que a PF concentre esforços e recursos em investigações contra grandes falsificadores.
“No Brasil, mais de 6 mil investigações são abertas por ano e apenas 20% alcançam resultado. Identificamos que as investigações eram muito centradas na pessoa que repassou a nota, contudo, dificilmente era possível provar que a pessoa tinha relação com a falsificação da moeda. Ou seja, não gerava resultado, mas um custo grande para o cofre público”, disse.
Perazzoni explica que os resultados da prática já podem ser notados com a racionalização da transição das notícias-crimes em investigações. “Conseguimos reduzir o número de investigações, aumentando, contudo, o número de apreensões e o combate a quadrilhas maiores”, comemora.
O "Prêmio Ajufe: Boas Práticas de Gestão" tem o objetivo de valorizar ações realizadas no âmbito da Justiça Federal que contribuem para uma gestão participativa e eficiente da Justiça. Para o Delegado Federal, é importante que a PF pense em ações que tenham reflexo não apenas na própria instituição.
“O Projeto Moeda Falsa é importante justamente porque não afeta só a PF, mas permite que o sistema judiciário se organize, através dos dados da PF e do Bacen, sua demanda processual. Isso permite, por exemplo, que um magistrado tenha uma maior fonte de dados para embasar sentenças de pequenos ou grandes falsificadores”, explica Perazzoni.