Acusados de falsificar sentenças judiciais são presos

22 de agosto de 2007 16:43

O grupo é acusado de vender autorizações de juízes falsas, que eram enviadas à Serasa para solicitar o perdão de dívidas. A empresa cumpria a suposta ordem da Justiça goiana e enviava um comunicado ao juiz responsável pelo caso, informando que havia obedecido a decisão. Como os juízes não reconheciam o processo, comunicavam a empresa de que aquela sentença não existia e o nome da pessoa que contratou o serviço voltava para a relação de inadimplentes. Os clientes pagavam 20% do valor da dívida aos criminosos, mas retornavam à lista da Serasa assim que a incoerência era detectada.

Há três meses, os juízes estranharam a freqüência de erros nas notificações que chegavam e avisaram a Polícia. A Delegacia Regional de Formosa começou a investigar a origem dos documentos e identificou os cinco principais responsáveis pelo crime  um morador de Formosa e quatro do DF. Paulo Martins Pontes, Maria das Neves de Oliveira, Genisan Alves da Mota e Francildo Lima Soares foram encontrados na Candangolândia e Taguatinga. Com eles, a Polícia apreendeu um computador e material de escritório utilizados na confecção dos documentos.

As sentenças são perfeitas, não tem muito segredo para falsificar. Já encontramos 20 decisões em nome de juízes de Luziânia, Novo Gama e Planaltina de Goiás, afirmou o delegado da 11ª Delegacia Regional de Goiás (Formosa), Pedromar Augusto de Souza. De acordo com o delegado, Paulo Pontes trabalhava em casa fabricando os ofícios e Maria das Neves era responsável por captar clientes. Francildo Lima seria funcionário da Serasa e fornecia modelos de documentos para os comparsas. A quinta integrante do grupo é Ana Félix Araújo Vaz, bacharel em Direito e presa em Formosa. Ela é acusada de usar os registros na Ordem dos Advogados do Brasil de dois advogados mortos para emitir as decisões falsas.

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