ADPF cobra posicionamento de universidade que desrespeitou delegados federais
“Xarope pra KCT”. Esse foi o termo escolhido por um professor de direito das Faculdades Unificadas de Foz do Iguaçu (Unifoz) para representar delegados federais em uma atividade educacional. A referência foi questionada pela Associação dos Delegados de Polícia Federal (ADPF), que solicitou providências à instituição, por considerá-la desrespeitosa.
O exercício acadêmico simulava uma situação cotidiana, em que um advogado vai a uma delegacia de Polícia Federal. Na situação, os personagens eram chamados pelo nome ou cargo, com exceção do delegado federal, apelidado de “Xarope pra KCT”.
No documento enviado à Universidade, a ADPF ressaltou que, apesar da liberdade de cátedra, o palavreado utilizado foi inadequado e inoportuno, além de não ser compatível com a melhor técnica de formação de futuros profissionais.
“O professor ignora a postura de respeito e cortesia que deve reger as relações profissionais das carreiras jurídicas”, diz o documento. Segundo ele, ao agir daquela forma, o docente demonstrou aos alunos que é natural reproduzir valores e comportamentos como a intolerância, antipatia e o desrespeito às pessoas.
Em resposta, a diretoria da Universidade afirmou que o episódio foi um caso pontual. Segundo eles, a política institucional da Unifoz preza pela respeito às instituições públicas, bem como as carreiras profissionais de formação jurídica.
A resposta foi redigida pela coordenadora do curso de direito, Jamila de Souza Gomes, que se comprometeu em levar o ocorrido ao conhecimento de toda a comunidade docente, para que fatos como este não se repitam.