ADPF mobiliza delegados, em todo o País, pela valorização da Polícia Federal
A Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal (ADPF) promoveu um movimento coordenado com as diretorias regionais, de todo o País, nesta segunda-feira (29) para explicitar a preocupação da categoria com o futuro da instituição. As manifestações foram pacíficas, com faixas de protesto. O movimento ocorreu um dia depois do aniversário de 77 anos da PF, momento que a ADPF também divulgou uma nota pública em defesa da Polícia Federal.
Em Brasília, houve protesto na Superintendência Regional e no edifício sede da PF, onde esteve o presidente da ADPF, Edvandir Paiva. “Esse é um ano de desvalorização do servidor público, daquele que fez a PF ser uma das instituições mais respeitadas pelo povo brasileiro”, disse Paiva.
Os delegados do Distrito Federal pediram respeito para quem combate a corrupção, o crime organizado e o desvio de recursos públicos. “Uma PF forte não precisa de reforma. Essa luta não é dos policiais, é da sociedade”, afirmou o diretor regional da ADPF-DF, delegado Luciano Leiro.
No Amapá, os delegados entendem que a Polícia Federal tem que ser reconhecida como órgão de Estado, com respeito e valorização para seguir combatendo a criminalidade. “Nenhuma reforma deve mudar isso”, protestou o associado Hiroshi de Araújo Sakaki, em nome dos delegados amapaenses.
Em Goiânia, os delegados também se concentraram na Superintendência Regional. De acordo com a diretora regional da ADPF-GO, delegada Esmeralda Aparecida, as alterações legislativas que estão sendo aprovadas limitam o trabalho da PF. “Sem investimento em recursos humanos, a eficiência da instituição tende a ficar prejudicada”, disse.
Para os delegados de Mato Grosso, o governo e o Congresso querem enfraquecer a PF com a PEC 32. “O Brasil precisa de uma PF forte para continuar desempenhando o seu papel de proteger o patrimônio público e a sociedade brasileira”, disse o diretor regional da ADPF-MT, Cristiano Nascimento.
Os delegados de Salvador também demonstraram insatisfação com a forma como o governo vem tratando a PF, enfraquecendo a instituição e prejudicando as carreiras. “Uma PF forte não pode ser mudada por regras e leis aplicadas no meio de uma situação de calamidade pública”, argumentou o diretor regional da ADPF-BA, delegado Rony José Silva.
Houve, ainda, mobilização em Sergipe, Rondônia, no Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, na Paraíba, em São Paulo, Santa Catarina, Paraná e no estado do Pará. “A PF deve continuar como órgão de Estado e não de governo com investimento em seus recursos humanos para continuar combatendo o crime organizado”, afirmou a diretora regional da ADPF-PB, delegada Luciana Paiva.