ADPF participa de ato da União dos Policiais do Brasil contra a PEC 287

A Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal (ADPF) e demais entidades que compõem a União dos Policiais do Brasil (UPB) realizaram, nesta quarta-feira (15/03), uma assembleia unificada para deliberar sobre uma paralisação nacional dos profissionais da área segurança pública caso o governo federal não atenda as reivindicações da categoria acerca da Proposta de Emenda à Constituição da reforma da Previdência (PEC 287/16).

A matéria retira da Constituição Federal o artigo que reconhece a atividade de risco dos profissionais de segurança público nos critérios de concessão da aposentadoria.  

“O manifesto hoje é mais uma oportunidade para a categoria dos policiais do Brasil demonstrarem a sua insatisfação com a forma como o governo está tratando a segurança pública. Com a reforma da Previdência, as carreiras vão ser completamente esgotadas, pois não vai haver um incentivo para novos profissionais” ”, afirmou o Diretor Regional da ADPF em Brasília, Luciano Leiro.

De acordo com ele, não reconhecer a atividade de risco exercida pela categoria de segurança pública é “desvalorizar o profissional responsável pela segurança do país”.

Durante o ato, foi aberto espaço para que representantes de entidades que compõem a UPB apresentassem seu posicionamento referente a proposta de emenda. Para o presidente do Sindicato dos Policiais Federais no Distrito Federal (SINDIPOL/DF), Flávio Werneck, a união da categoria precisa ser fortalecida.

“Precisamos conscientizar os colegas e demonstrar coesão e força. A situação está se agravando e a reivindicação de uma maioria faz toda a diferença”, pontuou Leiro. “O governo precisa reconhecer a atividade de risco exercida pela nossa categoria ou a segurança pública vai parar”.

Histórico 

A mobilização contra a PEC 287 aconteceu em outros 24 Estados do país. Essa é a segunda vez que entidades que compõem a UPB promovem o ato.  No dia 8 de fevereiro, cerca de três mil policiais de todo o Brasil também realizaram um manifesto no gramado ao frente ao Congresso Nacional, onde foi exposto um “cemitério” simbólico, com lápides e cruzes representando os policiais que morrem antes de se aposentar.  Na ocasião, os profissionais da segurança pública também promoveram um abraçaço em torno do “cemitério” e fizeram um minuto de silêncio.