ADPF participa de GT contra assédio às mulheres policiais

2 de abril de 2015 20:10

A Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal (ADPF) foi convidada e será uma das entidades participantes do Grupo de Trabalho criado pela Senasp e a Secretaria de Reforma do Judiciário, ambas do Ministério da Justiça, para discutir e propor medidas para o enfrentamento ao assedio moral e sexual às mulheres nas instituições de segurança pública.

O GT deverá elaborar uma cartilha contendo “boas práticas existentes”, medidas legais e informações sobre assédio moral e sexual, para amparo das profissionais de segurança pública vítimas de assédio em suas instituições. A portaria conjunta foi publicada no dia 1º de abril no Diário Oficial da União. Foram convidadas a compor o grupo 21 instituições e órgãos colegiados, entre eles a ADPF, que será representada pela sua diretora Tatiane Almeida.

Para a diretora da ADPF, a metodologia usada para tratar o problema é a mais adequada, o que torna a iniciativa do Ministério da Justiça admirável. " As mulheres na segurança pública estão deixando de ser invisíveis. Primeiro detectou-se o problema por meio de um diagnóstico obtido a partir do questionamento das interessadas, e agora elas são as protagonista que apontarão as soluções”, comentou.

O prazo de atividades do grupo será 60 dias, prorrogável por igual período. Ao final, o GT deverá produzir um relatório com as informações necessárias à elaboração da cartilha.

Pesquisa
Em recente pesquisa realizada pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública e a Fundação Getúlio Vargas em parceria com a Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp), 40% das mulheres profissionais entrevistadas afirmaram que já sofreram algum tipo de assédio (moral ou sexual) no ambiente de trabalho. No levantamento foram ouvidos 13.055 policiais em todo país, de 12 a 26 de fevereiro de 2015, das polícias Civil, Militar, Técnico Científica, Federal e Rodoviária Federal, Corpo de Bombeiros e guardas municipais.