ADPF participa de reunião sobre a continuidade da Ficha Limpa

18 de fevereiro de 2013 14:50

A Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal (ADPF) participa do Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE), organização da sociedade civil que é integrada por 51 entidades nacionais de diversos segmentos, formando uma rede com movimentos, organizações sociais, religiosas, associações e entidades da sociedade civil.
 
O MCCE foi responsável pela mobilização da sociedade brasileira em favor da aprovação das duas únicas leis de iniciativa popular anticorrupção no Brasil. A Lei nº 9.840/99 ou “Lei da Compra de Votos”, que permite a cassação de registros e diplomas eleitorais pela prática da compra de votos ou do uso eleitoral da máquina administrativa. Também lançou a campanha da qual decorreu a aprovação da Lei Complementar nº 135/2010, popularmente conhecida como “Lei da Ficha Limpa”.
 
Na última sexta-feira (15), o MCCE reuniu seu Comitê Nacional no Salão Nobre do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil para deliberar sobre a agenda de 2013, definindo por consenso que a reforma política somente irá prosseguir com força popular. Na visão do diretor de Comunicação Social da ADPF, Cláudio Tusco, representante da entidade no MCCE, “o Governo Federal já encaminhou uma proposta de reforma política ao Congresso Nacional, mas os parlamentares sozinhos não conseguirão vencer o forte lobby dos financiadores de campanha. Assim, a sociedade deve se manter organizada e avançar para além da Ficha Limpa, focando num modelo de financiamento democrático que elimine o investidor de campanhas eleitorais que, segundo o Instituto de Estudos Socioeconômicos – Inesc, lucra mais de oito vezes o valor que contribuiu, mantendo a classe política dependente de seus recursos”.
O juiz Márlon Reis, diretor do MCCE, entende que “as eleições estão mercantilizadas, caríssimas. Há uma preponderância do abuso de poder econômico e isso precisa mudar. Hoje nós demos o primeiro passo no sentido da união da sociedade brasileira para que essa mudança aconteça”.
 
Foi constituída uma comissão de relatores para uma nova proposição legislativa de iniciativa popular, da qual participa o delegado Tusco, que conta com as ideias e sugestões daqueles que presidem inquéritos policiais eleitorais, além de quem mais se dispor a contribuir com este momento histórico de aprimoramento de nossa democracia.