Armas de soldados da Força Nacional são extraviadas pela TAM
Os PMs já denunciaram o extravio das armas à Polícia Civil do Amazonas e nesta segunda-feira, 6, o caso será levado à Polícia Federal. Ainda nesta segunda o comando da Polícia Militar do Amazonas abre Inquérito Policial Militar para investigar o caso. O Departamento de Inteligência da corporação também será acionado.
Após um mês e meio longe do Estado, 40 agentes amazonenses destacados para reforçar a segurança dos Jogos Pan-Americanos deixaram o Rio de Janeiro, na madrugada de sexta-feira, e retornaram às suas bases, em Manaus. Dois vôos da TAM transportaram os PMs ao Amazonas. Um vôo tinha vinte e nove policiais e outro 11.
Segundo informações repassadas pelos próprios soldados, foi no vôo que conduziu os 11 policiais amazonenses, e que chegou em Manaus às 4 horas de sexta-feira, que os extravios das armas foram detectados. Pela contabilidade dos PMs, até domingo, 14 armas estavam desaparecidas, o que indica que na aeronave que conduziu os 29 policiais também pode ter havido extravios.
“É um fato grave. A TAM, uma empresa que tem know-how internacional, não pode deixar que armas sejam extraviadas. Isso não pode acontecer! Esse fato não pode se tornar rotineiro”, disse, indignado, o comandante da Rondas Ostensivas Cândido Mariano (Rocam), major Wálter Cruz. Em Manaus, a Rocam cumpre o mesmo papel que a Rota, em São Paulo.
Uso restrito
Cruz explica que as armas desaparecidas são de calibre restrito, isto é, de uso exclusivo da Polícia Militar. De acordo com ele, dois policiais pertencentes ao seu grupamento confirmaram o extravio de suas armas e de armas utilizadas por colegas de outros batalhões. As pistolas desaparecidas pertencem à PM do Amazonas.
Os soldados que constataram o sumiço das pistolas ainda esperaram por 24 horas até que a TAM desse uma resposta sobre o desaparecimento. Como as armas não apareceram, eles denunciaram o caso à Polícia Civil no domingo.
“Eu orientei os policiais a fazerem o registro da ocorrência em uma delegacia. Hoje vamos instaurar um Inquérito Policial Militar”, afirmou Wálter Cruz. A TAM ainda não se pronunciou sobre o assunto.
Há três anos, quando ia do Amazonas a São Paulo, para participar de um curso militar, o comandante da Rocam, Wálter Cruz, também teve uma arma extraviada em um vôo da Varig. A empresa foi obrigada a pagar indenização ao policial, no valor de R$ 3 mil (preço, à época, da pistola .40), mas a arma nunca mais foi encontrada.