“As carreiras típicas de Estado e o Poder Econômico” é tema do 2º painel da Conferência

13 de abril de 2011 17:01

 Em continuidade aos debates na 2ª Conferência Nacional das Carreiras Típicas de Estado, o Procurador do Estado e professor da UFRJ Gustavo Binenbojim falou sobre "O problema da captura das instituições de Estado- relações entre as carreiras típicas e o Poder Econômico". A palestra foi realizada na Câmara dos Deputados, às 18h, no Auditório Nereu Ramos.

Para Binenbojim, transparência, profissionalização e autonomia da administração pública são fatores imprescindíveis para uma relação coerente e eficaz com o poder econômico. Segundo ele, o primeiro passo para a modernização da máquina pública é compreender as fragilidades institucionais e políticas do país propondo soluções específicas para a melhoria do quadro.

"Aprimorar os portais de transparência dos órgãos públicos apresenta-se como uma das soluções para a minimização do risco de captura das instituições de Estado. Outra medida, no mesmo sentido, seriam as ampliações das consultas públicas e conselhos consultivos, trazendo a participação de diversos setores da sociedade, aumentando, assim, o efeito legitimador da instituição", destacou Gustavo Binenbojim.

Sobre a profissionalização da administração pública, o procurador ressaltou a importância dos concursos públicos e da especialização dos servidores. "A máquina precisa contar com bons profissionais, pessoas habilitadas para as funções que exercem descartando a influência política e partidária. Além disso, é preciso dedicação na prática de prestação de contas no campo financeiro e orçamentário, além do hábito de transmissão pública do resultado da administração. Uma forma de mostrar os feitos e melhorias à sociedade", afirmou o palestrante.

Ao final do 2º painel, Gustavo também destacou a importância da autonomia institucional. Para ele, a administração pública não deve estar a serviço dos personagens políticos do país. "A interferência político-partidária resulta em corrupção. A redução do grau de influência da máquina eleitoral sobre os governos deve ser imprescindível para a excelência da atividade da gestão pública no Brasil", concluiu.

Gustavo foi condecorado com o Diploma de Participação entregue pelo presidente da Associação Nacional dos Médicos Peritos da Previdência Social, Luiz Carlos de Teive e Argolo.