Bancos negam contatos com doleiros no país

8 de novembro de 2007 11:30

Em nota, o UBS disse que não tem conhecimento de ser alvo de investigações no Brasil, mas que entrou em contato com autoridades do país porque um de seus funcionários foi preso na Operação Kaspar 2. “O UBS tem claras diretrizes vigentes para assegurar o cumprimento das leis e regulamentações. Os negócios do UBS Pactual e seus profissionais não estão envolvidos nesta questão.”
Empresas brasileiras acusadas ontem pela PF negaram as acusações.
O advogado Marco Aurélio de Carvalho, da Chaves Gold, afirmou que o alvo da investigação não é a empresa, mas um de seus funcionários.
A Le Postiche, por meio de sua assessoria, disse que não recebeu nenhuma notificação formal e que está surpresa com o envolvimento do seu nome nas denúncias.
Ricardo Sein Pereira, advogado da Zampese Máquinas, disse que a empresa ainda está verificando por que seu nome foi envolvido na operação e que ainda não teve acesso ao inquérito.
Segundo um diretor da São Paulo Express, a empresa não é investigada pela Polícia Federal. Disse que a PF cumpriu um mandado de busca e apreensão na firma, mas que nada foi apreendido.
No final da tarde de ontem, a assessoria de imprensa da Ornare afirmou que a empresa ainda não tinha uma posição sobre o caso.

“Absurdo”
Alberto Zacharias Toron, advogado de Jacques Feller, da Feller Engenharia, disse que não poderia comentar as acusações porque só teve acesso aos autos ontem à noite. “É um absurdo ter acesso à investigação quase 48 horas depois da prisão. É um absurdo o que se faz em detrimento de garantias básicas do cidadão”, disse o advogado.
A Amazon PC diz que foi envolvida na operação porque seu endereço constava como sendo o do suspeito Milton José Pereira Júnior, acusado de agir como doleiro. A empresa disse que não é foco das investigações e que não tem envolvimento trabalhista ou financeiro com Pereira.