Bebida falsa é apreendida

14 de setembro de 2007 12:08

O suspeito, segundo a polícia, também falsificava os rótulos de vinhos, xaropes e energéticos. Os produtos eram preparados nos fundos da loja, em latões, sem qualquer condição de higiene e armazenados em tonéis de plástico. As garrafas eram lavadas em tambores com uma mistura de água e soda cáustica. O Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ) também era falso, sendo extraído da internet, segundo a polícia.

De acordo com o agente Waldir Ventura, da Polícia Civil, as investigações começaram em uma empresa fantasma criada em Contagem, na Grande BH, onde Francisco teria aplicado diversos golpes. Trata-se da famosa laranja mecânica. Ele comprava mercadorias diversas, fechava a loja e desaparecia sem pagar os fornecedores , informou o policial. Outro crime atribuído ao suspeito e apurado pela 6º Delegacia Secional de Contagem, segundo Waldir, foi a compra de veículos financiados, em nome de empresas fantasmas.

O acusado negou os crimes e disse que já teve uma fábrica de bebidas, mas que não deu certo. Vendi a empresa e agora resolvi engarrafar outras bebidas, mas pouca coisa, só 12 marcas. Eu pretendia melhorar a higienização, azulejar a loja e depois tentar registrar a empresa na Receita Estadual , disse Francisco. Vizinha da loja, a dona-de-casa Maria Hecilda, de 29, contou que a casa ficava o tempo todo fechada e que ela não sabia da falsificação de bebidas no local. Esses produtos falsos podem até matar alguém , salientou. (PF)

Comércio de ouro

Treze lojas de compra e venda de ouro no Centro da capital foram fiscalizadas ontem, durante operação conjunta das polícias Civil e Militar, Corpo de Bombeiros, Ministério Público, Receita Estadual e prefeitura destinada a inibir o comércio de produtos roubados. A inspeção investigou estrutura de combate a incêndios, já que a fundição do ouro é feita clandestinamente com material combustível. Oito lojas vistoriadas funcionavam com alvará irregular e cinco não tinham autorização. Os estabelecimentos foram autuados pela fiscalização municipal e têm 10 dias para regularizar a situação. A Polícia Militar informou que ninguém foi preso.