Boates do ES e do PR são alvos de operação da Polícia Federal
A Polícia Federal no Espírito Santo deflagrou na manhã desta sexta-feira (15) em conjunto com a Receita Federal l, a Operação Noite Feliz, com o objetivo de reprimir o contrabando e descaminho de mercadorias vindas do Paraguai e Argentina, especialmente bebidas alcoólicas, perfumes e eletrônicos, as quais são revendidas e consumidas em casas noturnas no Espírito Santo. Uma pessoa foi presa e outra é considerada foragida.
Além de contrabando e descaminho, os investigados também estão envolvidos com a falsificação de documentos e uso de nomes falsos, além do uso de cartões de crédito de terceiros.
Participaram da operação 40 Policiais Federais, 22 no estado, que dão cumprimento a nove mandados de busca e apreensão nos municípios de Foz do Iguaçu, no Paraná, Vila Velha, Serra e Marechal Floriano no Espírito Santo.
Os mandados foram expedidos pela 2ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro, que incluíam dois mandados de prisão preventiva.
Um empresário que mora em Vitória foi preso na própria casa. A Polícia Federal disse que ele é suspeito de participar do esquema de importação ilegal de bebidas alcoólicas.
O homem tem uma empresa no Rio de Janeiro e tem atuação no Espírito Santo, distribuindo bebidas para várias casas noturnas. O detido usava oito CPFs e oito nomes diferentes.
As investigações foram iniciadas por meio de auto de prisão em flagrante lavrado na Delegacia de Polícia Federal em Nova Iguaçu, no Rio de Janeiro, em maio de 2015.
Na ocasião, um dos investigados foi flagrado por Policiais Rodoviários Federais transportando mercadorias, objetos de contrabando e descaminho, na Rodovia Presidente Dutra, BR-116, no município de Seropédica, Rio de Janeiro.
O delegado regional de combate ao crime organizado da Polícia Federal, Vitor Moraes Soares, explicou o início das investigações.
“Começou no Rio de Janeiro, depois da apreensão de um caminhão que transportava mercadorias eletrônicas, perfumaria e bebidas alcoólicas sem documentação de suporte de importação. A partir desse flagrante as investigações evoluíram e verificamos que os responsáveis tinha ramificação não só no Rio de Janeiro, mas em Foz do Iguaçu e no Espírito Santo”, explicou Vitor Moares.
O delegado disse que as bebidas eram trazidas do Paraguai e da Argentina e eram internalizadas no Brasil. No eles tinham ramificações para em distribuição em algumas casas noturnas.
A Polícia Federal explicou que os estabelecimento que foram objeto das buscas não são investigadas no inquérito, o investigado será o importador.
“A Polícia Federal vai fazer uma avaliação se a casa sabia ou não da procedência ilícita dessas bebidas que eram adquiridas”, explicou Vitor Moraes.
O auditor fiscal e inspetor chefe da alfândega da Receita Federal, Flávio Coelho, disse que os suspeitos vão responder por contrabando, descaminho e documentação falsa.
A quantidade de garrafas apreendidas não foi divulgada. Os rótulos vão passar por uma perícia.
Por volta de 6h desta quinta-feira (15), uma equipe da operação esteve na casa noturna Vila Bohemia, na avenida Jair de Andrade, no bairro Itapoã, em Vila Velha. O gerente da casa noturna disse que não compra mercadorias do distribuidor investigado.
A Polícia e a Receita Federal ainda não sabe o tamanho do prejuízo com o não pagamento dos impostos.