Brasileira está entre presos sob suspeita de tráfico de mulheres
Uma brasileira está entre os sete suspeitos de tráfico de mulheres presos numa operação da Polícia Federal (PF), realizada nesta quinta-feira (21), no Rio de Janeiro. Segundo a PF, eles são suspeitos, ainda, de falsificar documentos para embarcar ilegalmente para a Europa. Durante a ação, os agentes prenderam, ainda, cinco mulheres e um homem, todos peruanos.
Os suspeitos foram presos em apartamentos na Cidade Alta, em Cordovil, no subúrbio do Rio, e num hotel no Centro.
De acordo com o delegado Alcyr Vidal, da delegacia da PF do Aeroporto Internacional Tom Jobim, graças a uma investigação de aproximadamente três meses, que incluiu escutas telefônicas, foi possível descobrir como o peruano, de 54 anos, agia para traficar as mulheres.
Como funcionava o esquema
O peruano, segundo a PF, já tinha sido expulso do Brasil por uso de documentos falsos e atualmente viveria ilegalmente no país. As candidatas eram recrutadas pelo filho dele, que ainda mora no Peru, com a promessa de conseguir emprego na Europa. Elas pagavam de sete mil a dez mil dólares pelo pacote que incluía as passagens e os documentos falsos.
“Ele trazia as peruanas legalmente para o Brasil. Elas ficavam em três apartamentos que ele tem na Cidade Alta ou num hotel na Praça da Cruz Vermelha, no Centro, enquanto ele preparava passaportes e documentação falsos para elas viajarem para a França”, disse Vidal.
Segundo o delegado, o peruano pagava uma brasileira, de sobrenome comum, para que ela comprasse passagens para a Argentina e para a França, em voos com horários próximo, no nome dela. A brasileira fazia o check-in no lugar das peruanas.
“Ao passar pelo controle da Polícia Federal, no embarque, as peruanas mostravam os documentos falsos brasileiros para embarcar para a França, que não exige visto de entrada de brasileiros, mas exige dos peruanos. Ou então, mostravam apenas o bilhete de embarque para a Argentina, e quando entravam na sala de embarque, entravam no avião para a França com o outro bilhete comprado pela brasileira”, explicou o delegado.
Fonte: G1