Brasileira está entre presos sob suspeita de tráfico de mulheres

22 de outubro de 2010 10:03

Uma brasileira está entre os sete suspeitos de tráfico de mulheres presos numa operação da Polícia Federal (PF), realizada nesta quinta-feira (21), no Rio de Janeiro. Segundo a PF, eles são suspeitos, ainda, de falsificar documentos para embarcar ilegalmente para a Europa. Durante a ação, os agentes prenderam, ainda, cinco mulheres e um homem, todos peruanos.

Os suspeitos foram presos em apartamentos na Cidade Alta, em Cordovil, no subúrbio do Rio, e num hotel no Centro.

De acordo com o delegado Alcyr Vidal, da delegacia da PF do Aeroporto Internacional Tom Jobim, graças a uma investigação de aproximadamente três meses, que incluiu escutas telefônicas, foi possível descobrir como o peruano, de 54 anos, agia para traficar as mulheres.

Como funcionava o esquema
O peruano, segundo a PF, já tinha sido expulso do Brasil por uso de documentos falsos e atualmente viveria ilegalmente no país. As candidatas eram recrutadas pelo filho dele, que ainda mora no Peru, com a promessa de conseguir emprego na Europa. Elas pagavam de sete mil  a dez mil dólares pelo pacote que incluía as passagens e os documentos falsos.

“Ele trazia as peruanas legalmente para o Brasil. Elas ficavam em três apartamentos que ele tem na Cidade Alta ou num hotel na Praça da Cruz Vermelha, no Centro, enquanto ele preparava passaportes e documentação falsos para elas viajarem para a França”, disse Vidal.

Segundo o delegado, o peruano pagava uma brasileira, de sobrenome comum, para que ela comprasse passagens para a Argentina e para a França, em voos com horários próximo, no nome dela. A brasileira fazia o check-in no lugar das peruanas.

“Ao passar pelo controle da Polícia Federal, no embarque, as peruanas mostravam os documentos falsos brasileiros para embarcar para a França, que não exige visto de entrada de brasileiros, mas exige dos peruanos. Ou então, mostravam apenas o bilhete de embarque para a Argentina, e quando entravam na sala de embarque, entravam no avião para a França com o outro bilhete comprado pela brasileira”, explicou o delegado.

Fonte: G1