Brasileiros ganham até R$ 3 mil para falsa união

2 de outubro de 2007 11:24

Num dos casos investigados, o cubano mora em Araçatuba, mas a brasileira reside em São Paulo, a mais de 500 quilômetros de distância. Segundo a PF, é possível que os dois nem se conheçam. Mas na maioria dos casos, a desculpa dada aos investigadores da PF é de que o casal se divorciou ou o marido ou a mulher está morando em outra cidade. Nesse caso, o casamento segue de acordo com as normais legais do País, embora os parceiros não vivam a união matrimonial na prática.

Segundo a PF, a investigações chegaram a um cubano, de sobrenome Molina, que está sendo procurado e pode ter a prisão decretada pela Justiça. Molina, que trabalhou como treinador de beisebol no Brasil, seria um coiote , responsável por conseguir facilitar a fuga de seus compatriotas de Cuba.

Ele também seria responsável por aliciar brasileiras e brasileiros interessados nos casamentos de fachada. Os casamentos servem para os cubanos, que entram como turistas, conseguirem o visto de permanência por tempo indeterminado no País. Outra atuação de Molina seria conseguir brasileiros cujos nomes são usados em casamentos falsos com parceiros cubanos. Molina ainda seria responsável por organizar idas e vindas de cubanos para diversos países a partir do Brasil.

De acordo com o delegado Rodney Loureiro dos Santos, quando soube que a PF estava investigando cubanos recém-casados, Molina praticamente desapareceu da região de Araçatuba.