Carreira Única
As Instituições Policiais não têm a vocação, mesmo teórica de interpretar ou mudar o mundo, mas o de fazê-lo habitável e seguro. Com efeito, a preocupação maior da Polícia é com a lei e a ordem e na sua manutenção, ao invés da transformação do sistema.
É sabido que a potencialidade e a capacidade coercitiva do Estado são ilimitadas, mas, pela confusão diversionista originada a partir da Constituição de 1988, o exercício da atividade policial passou a ser contido, enquanto que a criminalidade tornou-se incontrolável, atingindo os atuais níveis anômicos.
Também é de se reiterar que a atividade policial no Brasil é modelada pelos padrões pré-existentes de políticas e pela inexistência de políticas de segurança pública, bem como pela crônica escassez de recursos (humanos, materiais, orçamentários/financeiros e de instrumental teconológico moderno), o que necessariamente restringe sua atuação.
Mas o fato é que nas sociedades em mudanças, como a brasileira, a Polícia necessariamente não pode deixar de acompanhar o desenvolvimento político e social em busca de padrões de autoridade democrática, de maior integração nacional, de aumento da participação política e maior racionalização institucional.
Assim é que ‘projetos’ de cunho salvadores pululam no cenário legislativo e um deles é a malsinada PEC 51, a se conferir seu andamento legislativo, sendo de alertar que os DPFs sobretudo os de ‘boa escrita’ se manifestem antes que se forje mais uma “memória seletiva”.