Caso Petrobras: elaborados 2 inquéritos
Um deles, aberto em 7 de fevereiro, é sobre a investigação do crime em si. O outro trata de flagrante de quadrilha, no qual os quatro presos na última quinta-feira foram enquadrados.
Até agora, a PF dizia que o primeiro inquérito seria encaminhado à Justiça Federal, uma vez que não se sabia se o sumiço dos equipamentos havia sido motivado por espionagem industrial, o que poderia ferir os interesses da União. Com a revelação pela PF de que o furto não passou de um crime comum, porém, o julgamento dos quatro presos caberá à Justiça Estadual.
Os quatro detidos eram funcionários da Bric Log, antiga Poliporto Terminais S.A, onde ficaram armazenados os equipamentos da Petrobras. São eles: Alexandro de Araujo Maia, Eder Rodrigues da Costa, Michel Mello da Costa e Cristiano da Silva Tavares. Um dos funcionários tinha dois anos e meio de casa e os outros, uma média de sete anos. Dois foram presos no trabalho, na madrugada de quinta-feira. Os outros dois estavam em suas residências.
Foram recuperados quatro notebooks, uma impressora, um monitor, quatro aparelhos celulares, uma mochila e uma maleta com ferramentas. As apreensões foram feitas em Vila Kosmos, Parada de Lucas e São Gonçalo. Equipamentos foram instalados nos computadores dos próprios ladrões, alguns foram passados para parentes próximos e outros, vendidos.
Um disco rígido continua desaparecido
Dos dois HDs furtados – discos rígidos contendo informações confidenciais da Petrobras – um teria sido destruído pelos ladrões. O outro continua desaparecido.
Os equipamentos furtados estavam em um contêiner e em duas caixas. Uma delas e o contêiner foram transportados do navio sonda NS-21, que estava no campo de Júpiter, na Bacia de Santos, para a base da Halliburton em Macaé. O transporte foi feito por terra pela empresa Transmagno. A outra caixa estava no navio sonda SS-45, que havia passado pelas bacias de Campos e Santos e foi levada pela empresa de transportes HM também para a filial da Halliburton em Macaé.