Caso Petrobras: encerrado?

28 de fevereiro de 2008 11:48

Agentes do Setor de Inteligência da Polícia Federal do Rio recuperaram nesta quinta-feira, 28, os equipamentos da Petrobras que haviam sido furtados quando eram transportados da Plataforma de Petrolífera da Bacia de Santos para Macaé. Quatro empregados do terminal de contêineres Poliportos, na zona portuária do Rio, foram presos.

Com eles, além do material furtado da Petrobras, a PF localizou outros equipamentos de informática que também tinham sido levados do mesmo terminal. Para chegar aos quatro funcionários os agentes trabalharam em cima das equipes da Poliportos que trabalhavam nos dias em que foram constatados casos de furtos de material, inclusive de outras empresas.

A PF descarta, inicialmente, a hipótese de espionagem industrial no caso. Os laptops recuperados nesta manhã estavam nas residências dos funcionários da Poliportos e, aparentemente, serviam para uso pessoal.

Os quatro empregados do terminal portuário foram presos em suas residências nos bairros de Cosme e Parada de Lucas, na zona norte do Rio de Janeiro, e nos municípios de Nilópolis, Baixada Fluminense, e São Gonçalo, na região do Grande Rio. Dos equipamentos furtados da Petrobras, até agora a PF não conseguiu recuperar um HD e um pente de memória.

O furto de quatro notebooks e dois discos rígidos foi anunciado pela Petrobras no dia 14 de fevereiro. Os equipamentos estavam em poder da prestadora de serviços americana Halliburton, que tem contrato com a estatal para traçar perfis de poços petrolíferos, coletando dados como tipo de fluido encontrado, espessura e porosidade das rochas dos reservatórios.

Foram furtados no trajeto entre uma plataforma de perfuração na Bacia de Santos, de onde a carga saiu no dia 18, e Macaé, no norte-fluminense. Parte do trajeto, entre o litoral paulista e o Rio de Janeiro, foi feita por navio. A carga ficou cerca de dez dias no terminal da Poliportos, na zona portuária do Rio, e depois seguiu de caminhão para Macaé. O furto só foi descoberto no dia 31 de janeiro por funcionários da Halliburton.