Caso Pórrio lembra denúncias de cúmplices de Abadía

25 de outubro de 2007 10:03

Na cartilha do grupo, segundo as denúncias, estão ameaças as mulheres dos traficantes, uso do poder de polícia para levantar dados, intimidar, torturar e espancar.

O empresário Daniel Braz Maróstica, operador de Abadía em São Paulo, contou em depoimento que teve de deixar um carro importado e dinheiro com policiais do Denarc para conseguir a liberação da mulher, Ana Maria Stein. No depoimento, diz que em julho de 2006 Ana telefonou para dizer que fora levada por policiais. Encaminhado ao Denarc, viu a mulher nervosa, pálida, trêmula e desesperada isolada em uma sala. Em seguida Pórrio teria extorquido dinheiro do empresário e liberado Ana sem registrar ocorrência – o delegado diz que foi só uma averiguação .

As características físicas do policial chamaram a atenção de Maróstica por serem idênticas às descritas pelo homem de confiança de Abadía Henry Edval Lagos, o Pacho, seqüestrado e espancado por policiais por dinheiro: Barrigudo, com bigode, cabelo até a nuca, mais de 50 anos, branco, óculos com lentes corretivas, altura entre 1,65 m e 1,70 m.