Caso Pórrio lembra denúncias de cúmplices de Abadía
Na cartilha do grupo, segundo as denúncias, estão ameaças as mulheres dos traficantes, uso do poder de polícia para levantar dados, intimidar, torturar e espancar.
O empresário Daniel Braz Maróstica, operador de Abadía em São Paulo, contou em depoimento que teve de deixar um carro importado e dinheiro com policiais do Denarc para conseguir a liberação da mulher, Ana Maria Stein. No depoimento, diz que em julho de 2006 Ana telefonou para dizer que fora levada por policiais. Encaminhado ao Denarc, viu a mulher nervosa, pálida, trêmula e desesperada isolada em uma sala. Em seguida Pórrio teria extorquido dinheiro do empresário e liberado Ana sem registrar ocorrência – o delegado diz que foi só uma averiguação .
As características físicas do policial chamaram a atenção de Maróstica por serem idênticas às descritas pelo homem de confiança de Abadía Henry Edval Lagos, o Pacho, seqüestrado e espancado por policiais por dinheiro: Barrigudo, com bigode, cabelo até a nuca, mais de 50 anos, branco, óculos com lentes corretivas, altura entre 1,65 m e 1,70 m.