Catarinense ainda está preso no Rio

18 de setembro de 2007 09:10

O advogado de Moritz, André Mello Filho, entrou com pedido de liberdade provisória, que ainda não foi julgado pela 4ª Vara Criminal do Rio de Janeiro. O contador, informa seu defensor, está em cela especial (por possuir graduação em nível superior), passa bem e tem recebido o apoio da família.

A expectativa é que o pedido de liberdade provisória seja julgado nos próximos 30 dias. Mello Filho disse que já reuniu provas suficientes que mostrariam a inocência de seu cliente no suposto esquema, cuja operação de desmonte foi batizada de Operação Águas Profundas.

Moritz foi preso em Florianópolis, no dia 10 de julho. A Polícia Federal alega que o contador seria o dono da empresa RVM. A participação dela nas fraudes seria emitir notas fiscais frias para lavar dinheiro desviado das licitações. O advogado André Mello Filho diz, entretanto, que não há qualquer indício que sustente esta acusação.

Empresa é suspeita de negociar com a Angraporto

Na época de sua prisão, Ricardo Moritz era presidente-executivo do Celos, fundo de pensão dos servidores da Celesc. Ele exercia o cargo desde 2003, mas foi afastado, segundo o presidente do conselho administrativo do Celos, Milton de Queiroz Garcia, para preservar a imagem do fundo. Segundo a PF, as licitações de reparos nas plataformas eram dirigidas a três empresas: Mauá, Iesa e Angraporto, e teriam desviado cerca de R$ 150 milhões. A Angraporto é suspeita de negociar com a RVM.