Cerimônias marcam passagem de cargo de presidente da ADPF
Em cerimônia de rito oficial e estatutário de passagem de cargos, o delegado de Polícia Federal Edvandir Felix de Paiva, fez um breve e emocionado balanço dos seus quatro anos de gestão à frente da Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal (ADPF). O evento ocorreu na sexta-feira (3), na sede nacional da entidade em Brasília, momento em que a nova Diretoria Executiva tomou posse para o biênio dez/2021 a dez/ 2023.
Houve também a diplomação dos diretores regionais eleitos nas 27 unidades da Federação e aprovação, pelo Conselho Fiscal, das contas do mandato que se encerrou. A cerimônia marcou a passagem do cargo de presidente para o delegado de Polícia Federal Luciano Soares Leiro.
Paiva confessou ser o maior orgulho da sua gestão, manter a classe unida. “Não tivemos nenhum movimento de saída coletiva de delegados, da associação. Temos divergências imensas, cada um com seu entendimento do momento pelo qual passamos. Fazer com que todos sigam juntos não é fácil. É muito difícil falar em nome de 2,3 mil delegados. Foi complicado, mas conseguimos”, disse. Ele reafirmou que não houve nenhuma decisão na ADPF que não tenha sido coletiva. “Acho que cumprimos bem a nossa missão”, afirmou.
Para o delegado, esses quatro anos foram os mais intensos da sua vida profissional e, também, desafiadores tendo que, muitas vezes, abdicar da sua opinião pessoal para expressar o que pensavam os delegados nos momentos em que se fizeram necessários. “Não é uma tarefa fácil. Só se faz isso com diálogo, buscando conversar com a maior quantidade de colegas para tirar uma síntese do que eles pensam”, contou.
Paiva fez agradecimentos especiais e nominais, tanto aos diretores regionais e associados que lhe ajudaram nesse período, quanto aos funcionários da ADPF e à sua família. “Não seria possível ter o sucesso e o reconhecimento desse final de gestão se não fosse o trabalho de vocês. Dr. Leiro vai receber uma equipe azeitada e pronta para continuar o trabalho e o apoiar para o que for necessário”, falou.
O presidente eleito, Luciano Leiro, enalteceu a participação ativa dos delegados aposentados em todos os atos da entidade. Ao parabenizar a condução de Paiva, ele disse que a ADPF sempre terá espaço para o delegado em qualquer gestão por sua grande contribuição como presidente. “Peço a Deus que me proteja e me dê discernimento. Nada será fácil. Mas o desafio é esse. Tenho certeza que com a ajuda de todos vocês diretores regionais, vamos conseguir. Não dá pra levar essa associação sozinho”, falou.
No dia seguinte, sábado (4), em cerimônia mais restrita de confraternização da Diretoria Regional da ADPF-DF, houve a passagem simbólica dos cargos de presidente. Além de delegados e familiares, estiveram presentes o diretor de Inteligência Policial da Polícia Federal, Rodrigo Carneiro Gomes, representando o diretor-geral da PF, Paulo Maiurino, e o secretário executivo do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), Márcio Nunes de Oliveira, representando o ministro Anderson Torres, titular do MJSP.
O delegado Rodrigo Carneiro ressaltou a importância da ADPF na defesa das prerrogativas da carreira e manutenção da imagem da Polícia Federal como uma instituição reconhecida pela sociedade e de grande seriedade.
Para o delegado Márcio Nunes de Oliveira, é muito importante essa integração e proximidade da ADPF com o Ministério da Justiça e Segurança Pública para que se possa avançar na defesa do cargo de delegado de Polícia Federal.
“Contem conosco. O Ministério está de portas abertas. Se não tivermos essa integração e não nos apoiarmos, a gente pode naufragar. Conclamamos todos pra gente avançar em conjunto e pedimos que deem um voto de confiança [na pasta] para continuarmos realçando o papel do delegado de polícia”, disse Márcio Nunes.
Segundo o vice-presidente da ADPF e diretor regional, no Distrito Federal, delegado Allan Dias Simões Maia, a entidade tem dois papéis fundamentais: defensor das prerrogativas dos delegados e aproximação do corpo de delegados. “No trabalho, estabelecemos laços, mas fora dele, nós os fortalecemos e a ADPF tem papel fundamental nessa atividade”, afirmou.
Sempre ativo na associação, Dias foi tesoureiro regional em Roraima, diretor regional no Rio Grande do Norte e presidente do Conselho Fiscal na gestão do delegado Edvandir Paiva. “Entrei agora de braços dados com o Dr. Leiro numa nova jornada. No papel de diretor regional, conto com o suporte de todos os senhores e senhoras delegados e delegadas que estão na função de diretores regionais para que a gente possa avançar ainda mais nas conquistas para o nosso cargo”, declarou.
Luciano Soares Leiro
Empossado no dia 3 dezembro de 2021, para a gestão da ADPF até dezembro de 2023. Foi vice-presidente da ADPF por quatro anos e diretor regional da ADPF no Distrito Federal por 11 anos. Bacharel em Direito, com especialização em ciências penais, foi inicialmente agente da Polícia Civil do Distrito Federal por quatro anos. Na Polícia Federal, entrou como agente em 2003. Em 2008, assumiu como delegado federal. Foi responsável pelo Núcleo de Repressão aos Crimes contra a Administração da Superintendência da Polícia Federal em Brasília, coordenador do Grupo de Inquéritos do STF e secretário executivo da Conportos. Foi professor da Academia Nacional de Polícia de diversas disciplinas.
Fotos: Rayan Ribeiro/ADPF