Chefe da Interpol no Brasil apresenta instrumentos de persecução criminal aos magistrados
O chefe da Interpol no Brasil, Delegado Federal Valdecy Urquiza Júnior, e o presidente da Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal (ADPF), Marcos Leôncio Ribeiro, foram recebidos pelo presidente da Ajufe, Antônio César Bochenek, na sede da associação dos juízes federais no último dia 1º de outubro. Na audiência, foi discutida a sugestão de que a Interpol também disponibilize, junto com as informações sobre antecedentes criminais de estrangeiros, a data do trânsito em julgado de eventuais processos criminais constantes do cadastro.
Valdecy Urquiza lembrou que há ferramentas de persecução criminal que já estão disponíveis para os juízes brasileiros. Por meio de uma ampla rede informações, os agentes da Interpol têm condições de prestar auxílio aos juízes federais brasileiro em diversos serviços, sem qualquer tipo de custo ou burocracia. Como exemplo, destacou a checagem de antecedentes criminais de estrangeiros ou de brasileiros no exterior, além da possibilidade de confirmação da identidade de pessoas e da veracidade de documentos.
"Há diversos juízes federais criminais que já nos demandam a identificação de pessoas que são objeto de alguma ação penal. Quando há dúvidas sobre a nacionalidade ou identidade, temos condição de submeter aquelas digitais aos países do bloco para tentar o reconhecimento", explicou o delegado.
Outro instrumento relevante na interface, segundo Urquiza, é a Difusão Vermelha, que funciona como um banco de dados da Interpol acessado pelos 190 países integrantes da rede: "Esse sistema agrega todas as ordens de prisão de pessoas que são tidas como foragidas internacionais. No Brasil, se um juiz federal expediu um mandado de prisão, basta um ofício ao nosso escritório estadual solicitando a inclusão. A partir daí, essa ordem estará disponível para todas as nações em que há atuação da Interpol", completou o delegado federal.