Chefe da Interpol pede cooperação internacional
As experiências internacionais exitosas e as políticas de cooperação internacional no enfretamento ao tráfico de pessoas estão entre os temas a serem abordados no IV Simpósio Internacional que o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) vai realizar para debater o enfrentamento ao tráfico de pessoas, nesta quinta e sexta-feira, no Rio de Janeiro, em parceria com o Tribunal Regional do Trabalho da 1º Região (TRT-1).
Para o delegado da Polícia Federal e chefe da Interpol no Brasil, Luiz Eduardo Navajas, que participará do evento, a troca de informações entre países, tanto sobre aliciadores e, sobretudo, sobre as vítimas, é importante ferramenta para o combate a esse crime. "O tráfico de pessoas tem uma característica bastante peculiar: muitas vezes, as vítimas não se veem como tal, ao menos não no início, o que dificulta a imediata resposta pelas autoridades", ressalta.
Segundo Navajas, atualmente o tráfico internacional de pessoas responde por cerca de um terço dos delitos referentes a aliciamento de pessoas para diversos fins, seja para exploração sexual ou trabalho.
E o tráfico internacional e o interno, o primeiro representa a grande maioria dos casos.
As ferramentas adotadas pela Interpol para combater esse tipo de crime serão o tema a ser abordado por Navajas no segundo dia do Simpósio Internacional.
O painel sobre as experiências internacionais exitosas e políticas de cooperação internacional no enfrentamento ao tráfico de pessoas terá início às 14 horas e também contará com a participação da juíza americana Cheryl Bassett, representante da Embaixada dos Estados Unidos da América, e da juíza de ligação Brasil, Bolívia, Venezuela, Carla Deveille Fontinha.