Chega ao fim o II Simpósio Nacional de Combate à Corrupção em Manaus (AM)

O II Simpósio Nacional de Combate à Corrupção, realizado em Manaus (AM), chegou ao fim nesta sexta-feira (09), com debates e palestras a respeito de aspectos da investigação policial. O evento, organizado pela Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal, Direção Regional de Amazonas (ADPF/AM), contou com palestra magna de encerramento do desembargador Guilherme Nucci, do TJ/SP.

 
Entre os mais de 500 presentes estiveram Delegados Federais, magistrados, delegados civis e representantes de oito faculdades de Direito. Este foi o segundo simpósio no estado, que já havia recebido o encontro em julho de 2016.

 
Para o diretor regional da ADPF/AM, Pablo Oliva, as experiências com o primeiro evento foram essenciais para o sucesso desta segunda edição. “Com uma capacidade maior de organização e mais experiência, tivemos a possibilidade de refinar o trabalho e recepcionar melhor os convidados e participantes. Fizemos um trabalho mais profícuo, tanto no planejamento quanto na execução, e isso justamente em virtude da experiência anterior”.

 
Um dos temas centrais no segundo dia do simpósio foi a questão da investigação policial, trazida ao debate pelos Delegados Federais Eduardo Fontes e Rafael Dantas. Sob o título “Operações Policiais: investigação e execução”, a palestra de Dantas abordou exemplos positivos no desempenho da atividade.

 
“Além de todo o desenvolvimento da investigação policial, trouxemos ao debate a questão do laboratório de compliance, que estamos desenvolvendo em São Paulo junto à Divisão de Repreensão a Crimes Previdenciários, de forma que ao final das operações informamos à Previdência quais as falhas que os criminosos se aproveitam para cometer as fraudes a fim de que sejam evitadas”, esclarece o Delegado Federal.

 
Também compuseram o circuito de debates o advogado criminalista e doutrinador Aniello Aufiero e o magistrado da 10ª Vara Federal do Distrito Federal, Vallisney Oliveira, que falou sobre processo penal.

 
“O processo penal surge com muita importância, não só pela produção legislativa, como também pela pró-configuração da política e das questões que se impuseram nos últimos tempos, advindas com o processo do Mensalão e da própria Lava Jato”, sublinhou o magistrado e professor da Universidade de Brasília (UnB).

 
De acordo com o Delegado Federal Pablo Oliva, o II Simpósio Nacional de Combate à Corrupção deixou clara a necessidade de um acompanhamento constante das questões relativas à atividade da PF.

 
“O trabalho contra a corrupção é infindável e por isso colocá-lo em discussão deve ser uma constante. Esse trabalho de discutir o problema e tentar encontrar soluções deve acontecer a todo momento, atualizando todas as questões e trazendo novas discussões”, entende o diretor regional da ADPF/AM.