Comissão de Direitos Humanos do Senado discute sobre Mapa da Violência 2011

23 de maio de 2011 10:41

Para debater o Mapa da Violência 2011, as soluções e os desafios a serem enfrentados para combater a criminalidade no Brasil, a Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) realiza na manhã nesta segunda-feira (23)  uma audiência pública com diversos especialistas.

Realizado pelo Instituto Sangari em parceria com o Ministério da Justiça, o Mapa da Violência 2011 deu continuidade à série de levantamentos que há uma década mostram o número de homicídios em cada município do Brasil. A edição de 2011 tem base nos números levantados em 2008, quando 50.113 foram assassinadas no país, uma média de 26,4 assassinatos por 100 mil habitantes. No mesmo ano, a taxa de homicídios foi de 5,8 por 100 mil na Argentina; de 5,4 nos Estados Unidos; de 1,31 na França; e de apenas 1,28 no Reino Unido, conforme levantamentos internacionais.

Pelo Mapa da Violência 2011, o estado brasileiro com a maior taxa de homicídios por 100 mil habitantes é Alagoas (60,3), seguido por Espírito Santo (56,4) e Pernambuco (50,7). As capitais mais violentas são Maceió (107,1), Recife (85,2) e Vitória (73,9). Em 2008, 59% dos municípios do país registraram homicídios.

O estudo também colocou foco no número de assassinatos de jovens. Os números são ainda piores quando os dados se referem à faixa etária de 15 a 24 anos de idade: a taxa de homicídios por 100 mil habitantes no Brasil chega a 85,2. Em Maceió, a taxa de jovens assassinados chega a 251,4 por 100 mil habitantes. Em Recife, 211,2. E em Vitória, 181,9.

O debate terá a participação de vários especialistas, entre eles Júlio Jacobo Waiselfisz, que é o diretor de pesquisa do Instituto Sangari. O requerimento para audiência pública foi do senador Paulo Paim (PT-RJ), que preside a CDH. 

Veja abaixo os participantes da audiência pública: 

– Júlio Jacobo Waiselfisz, diretor de pesquisa do Instituto Sangari;

– Rosa Maria Gross de Almeida, coordenadora geral de Direitos Humanos e Segurança Pública da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República;

– Marsal Branco, coordenador do Curso de Jogos Digitais da Universidade FEEVALE/Novo Hamburgo (RS);

– Ângela Alano, assessora da Diretoria da Associação dos Lesados Medulares do Rio Grande do Sul (Leme);

– Celso Athayde, representante da Central Única de Favelas (Cufa);

– Regina Maria Filomena de Luca Miki, secretária nacional e integrante do Fórum das Mulheres Negras;

– Carlos Eduardo Benito Jorge, presidente da Associação dos Delegados de Polícia do Brasil;

– Arthur Trindade Maranhão Costa, coordenador do Núcleo de Estudos sobre a Violência da UNB;

– Arquicelso Bidês, assessor especial da Secretaria do Entorno do DF e líder comunitário de Valparaíso;

– Sandra Baccara, psicóloga.