Conferência discute relação entre as carreiras típicas e o poder político

18 de setembro de 2013 11:56

 O primeiro painel da 2ª Conferência Nacional das Carreiras Típicas de Estado teve como tema "A relação entre as carreiras típicas de Estado e o poder político – aparelhamento do Estado, independência técnica e legitimidade democrática". Participaram da discussão o jurista e professor da PUC/RS, Juarez Freitas, a professora da Universidade de Brasília (UnB), Leonor Moreira e o presidente da FENAFIM, Célio Fernando de Souza. As apresentações foram na Câmara dos Deputados, no auditório Nereu Ramos, às 17 horas. 

De acordo com o palestrante, Juarez Freitas, o Estado sustentável é aquele capaz de ter políticas responsáveis pelo oferecimento de condições de bem estar, social, econômico e ambiental em longo prazo. "É um estado em que há políticas duradouras que vão além dos governos transitórios em combate a insustentabilidade", ressaltou. 

A professora da UnB, Leonor Moreira, enfatizou a necessidade de uma administração pública organizada, "A organização é um termo ausente nos discursos da gestão da administração pública, porém é algo essencial para um Estado de respeito". Um exemplo discutido pela mesa foi a matriz deficitária de transportes do Brasil. "O Brasil precisa mudar o transporte, o norte não consegue chegar ao sul por uma via de respeito. Isso acontece pelo excesso de imediatismo do governo", disse Juarez Freitas. 

Ao final do debate, Juarez encerrou dizendo que as carreiras típicas de Estado precisam ser autonomas, não podem ser computadas por lógicas comportamentais ou partidárias. "Os políticos não representam o total interesse do povo, alguém precisa saber dizer não aos impulsos de curto prazo". Os palestrantes foram agraciados com um diploma de participação do FONACATE entregue pelo deputado Arnaldo Faria de Sá (PTB/SP). A conferência segue até o final desta quarta-feira, 13. 

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