Cooperação no Mundial
COMO VAI SER? Ao todo, 38 países participaram das atividades no centro MATHEUS OLIVEIRA A Superintendência da Polícia Federal do Distrito Federal apresentou as estratégias e ações que serão realizadas pelo Centro de Cooperação Policial Internacional (CCPI), ontem. O Centro, organizado especialmente para a Copa do Mundo de 2014, contará com a presença de policiais dos 31 países convocados para o Mundial e a participação de mais seis países que foram convidados especialmente para o evento. Esses países estarão ligados à três organismos internacionais: Interpol, Ameripol e o Escritório das Nações Unidas Sobre Drogas e Crimes (UNODC).
A segurança do Mundial de Futebol contará com a atuação de 75 agentes federais aqui em Brasília e o auxílio de 205 policiais estrangeiros que irão atuar tanto no Centro quanto nas equipes móveis. Grande parte dos policiais internacionais acompanharão as respectivas delegações nas cidades-sedes que suas seleções irão jogar. A Polícia Federal representa a Interpol no Brasil e está conectada com mais 189 países. Além dos países que já estão interligados à CCPI, a PF poderá manter contato com os demais países que não puderam estar no Brasil durante a Copa, facilitando o envio e solicitação de informações.
Sem poder de polícia O coordenador geral do Centro de Cooperação Policial Internacional (CCPI), Luiz Cravo, explica a importância da atua- ção dos policiais estrangeiros no esquema de segurança exclusivo para Copa do Mundo.
"Esses países não tem poder policial no Brasil. Eles irão atuar como oficiais de ligação, então, em caso de algum evento, eles terão de se reportar ao coordenador de arena para que estes tomem as providências necessárias. A PF acredita que esse elo entre as polícias é importante para que nós possamos atuar. Os policiais estrangeiros irão apenas assessorar o coordenador de arena para casos de distúrbios, crimes e violência que aconteçam durante o mundial", explica.
Além da coordenação, os policias de cada delegação estarão devidamente uniformizados para facilitar o acesso e identificação. "A uniformiza- ção desses policiais no estádio facilita a identificação por parte de suas torcidas, então facilitará a troca de informações dentro da arena. Esses policiais já conhecem os chefes de torcida e suas próprias torcidas, então o uniforme correto viabilizará a rapidez de todo o processo", diz o coordenador.
Tem barrados na Copa O estrangeiros que poderão ser barrados nos estádios já estão inseridos no Sistema Nacional de Procurados e Impedidos. Caso esse estrangeiro passe pelo posto oficial da PF, o agente de imigração poderá identificá-lo e barrá-lo.
Segundo o coordenador do CCPI, a principal preocupação da polícia com relação às torcidas é prevenir a entrada de estrangeiros que já estejam "barrados" em seus países. "Foi realizado um trabalho preventivo. A PF tem banco de dados de imigração, e fez um levantamento de dados e podemos impedir os torcedores que julgamos "inconvenientes". Nós tivemos informações prévias de quem seriam essas pessoas que habitualmente, causavam distúrbios em seus países e as mesmas já estão inseridas em nosso sistema. A nossa preocupação é ter informações úteis e imediatas de alguma ocorrência nos estádios", disse Cravo.
O CCPI teve suas atividades iniciadas ontem e irá funcionar de forma ininterrupta até 15 de Julho. As 31 equipes de policiais estrangeiros, fora as seis convidadas estrategicamente para a segurança durante a Copa, irão trabalhar 24h por dia, sete dias por semana em revezamento de turnos ao lado de policiais brasileiros. H!