CPI planeja investigar diretora da Anac
Em entrevista ao jornal O Globo, o brigadeiro acusou Denise de tentar beneficiar um amigo, na tentativa de transferir o setor de cargas dos aeroportos de Congonhas e Viracopos para o aeroporto de Ribeirão Preto.
Para o senador, com a denúncia a Anac passa a ser foco de investigação. “Vamos estudar tudo isso para ver o que fazer e acionar a Polícia Federal, o Ministério Público e o Tribunal de Contas da União”, disse Torres, ao deixar o Ministério da Defesa, onde apresentou ao ministro Nelson Jobim o seu relatório parcial sobre o caos aéreo.
Em entrevista, Demóstenes criticou a saída do brigadeiro da presidência da Infraero. Para o senador, José Carlos Pereira era a “parte boa e honesta da empresa”. “O presidente da Infraero era parte boa, honesta, decente e técnica. Mas em relação a nomes nós temos que dar crédito para quem assume”, afirmou o senador.
Para Demóstenes Torres, a Infraero precisava de uma grande limpeza, mas ele ressaltou que o único que não estava entre os envolvidos, que não era acusado de corrupção, era o brigadeiro José Carlos Pereira. O ministro, porém, segundo o senador, observou que era necessária uma grande mudança na Infraero. Segundo Demostenes, Jobim disse que deu carta branca para o futuro presidente, Sérgio Gaudenzi.
Sobre o seu relatório parcial como relator da CPI do Apagão Aéreo, Demóstenes defende mudanças na lei das agências, de forma que seus diretores possam ser demitidos, em caso de corrupção ou incompetência. Para o senador, houve claro favorecimento, por parte da Anac, às duas maiores empresas do País (TAM e Gol).
A CPI do Apagão Aéreo do Senado tomará hoje o depoimento de sete procuradores da República que atuam em sete dos 14 estados em que teriam sido registradas irregularidades na Infraero. São eles: Matheus Baraldi Magnani, procurador da República no município de Guarulhos (SP), Suzana Fairbanks Lima e Fernanda Teixeira Souza D. Taubemblatt, no estado de São Paulo, José Ricardo Meirelles e Paulo Roberto Galvão de Carvalho (município de Campinas), Bruno Caiado de Acioli (no Distrito Federal) e Hélio Telho Correa Filho (em Goiás). Na quinta-feira serão ouvidos outros sete procuradores. O ministro da Defesa, Nelson Jobim, será ouvido amanhã.