Decisão: Abadía será extraditado?
O relator do pedido é o ministro Eros Grau. Ele vai submeter o voto aos outros integrantes do STF. Caso seja aprovada a extradição, a palavra final ainda caberá ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
O colombiano foi preso em agosto do ano passado, em São Paulo, durante operação da Polícia Federal (PF). Ele é suspeito de mandar matar 15 pessoas nos Estados Unidos e outras 300 na Colômbia. Ele tem uma fortuna estimada em R$ 3,4 bilhões.
Procurador defende extradição
Em fevereiro, o procurador-geral da República, Antonio Fernando de Souza, deu parecer favorável à extradição do colombiano. Ele ressaltou que os crimes estão incluídos em tratados assinados entre Brasil e Estados Unidos. E acrescentou que o fato de Abadía responder a processo no Brasil também não impede a extradição.
Segundo informações do STF, o colombiano responde a processo na Justiça Federal de São Paulo pelos crimes de lavagem de dinheiro, corrupção ativa, formação de quadrilha e uso de documento falso.
Caberá ao presidente da República resolver acerca da conveniência e oportunidade de extraditar-se pessoa que está sendo processada ou tiver sido condenada no Brasil, afirmou Antonio Fernando, em trecho do documento encaminhado ao Supremo.
Na ocasião, Antonio Fernando ressaltou ainda que, para que Abadía seja extraditado, é preciso que os Estados Unidos se comprometam a não condenar o colombiano à prisão perpétua ou à morte (penas não previstas pela legislação brasileira).