Decisão sobre prisão em segunda instância é elogiada por juízes, promotores e delegados

7 de outubro de 2016 12:31

A decisão do Supremo Tribunal Federal, tomada na última quarta-feira (05/10), recebeu elogios de figuras importantes da justiça e da força policial, como noticiou o Jornal Nacional (06/10). Segundo dados da Fundação Getúlio Vargas (FGV), a decisão de manter as prisões após o julgamento em segunda instância levará à prisão mais de 3 mil condenados.

 

A votação na suprema corte manteve o entendimento, de fevereiro deste ano, de que as penas já poderiam ser cumpridas após o julgamento em segunda instância, mesmo que o acusado recorra da decisão. “Era frustrante nós sentenciarmos, condenarmos e nossa sentença não ser efetivada”, afirmou o juiz.

 

O presidente da Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe), Roberto Veloso, declarou que antes da decisão havia “uma sensação de impotência” por partes dos juízes ao ver as sentenças não serem cumpridas.

 

Ainda de acordo com a reportagem, a votação do STF evita casos como o do ex-senador Luiz Estevão, que só foi preso após recorrer 35 vezes durante 16 anos. A decisão de efetivar as prisões já no julgamento em segunda instância afeta tanto quem cometeu o crime de roubo como os condenados em grandes investigações.

 

O presidente da Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal (ADPF), Carlos Eduardo Sobral, disse que a decisão vai dar mais forças a investigações como a Lava Jato. “Fortalece a Lava Jato, fortalece todas as operações policiais, fortalece a promoção da justiça e fortalece o fim da sensação de impunidade”, afirma Sobral.

 

Assista a reportagem do Jornal Nacional pelo link: http://glo.bo/2dQXasm