Delegado federal Beltrame paraninfo dos novos agentes e papiloscopistas federais
A ADPF participou nesta sexta-feira (14) da solenidade de encerramento dos Cursos de Formação Profissional de Agente e Papiloscopista de Polícia Federal, na Academia Nacional de Polícia, numa cerimônia que contou com a presença do delegado federal José Mariano Beltrame – secretário de Segurança do Estado do Rio de Janeiro e paraninfo das turmas, do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, do diretor-geral Leandro Daielo Coimbra, e do diretor da Academia Nacional de Polícia (ANP), Marco Antonio Ribeiro Coura, dentre outras autoridades.
Os 618 formandos estavam acompanhados de familiares e amigos convidados, compondo uma solenidade festiva e muito emotiva, apesar do tempo chuvoso.
No seu discurso o ministro da Justiça destacou o papel e a importância da Polícia Federal na estrutura do MJ e do Estado brasileiro, assinalando sua estrita atuação no marco do Estado de Direito e do princípio republicano. Citando Montesquieu, o ministro destacou a necessidade dos policiais federais não se afastarem do interesse público, que não pode estar acima dos interesses pessoais, partidários ou corporativos. "É a Lei que nos traz os limites para que não abusemos do poder", lembrou Cardozo sobre a responsabilidade imposta aos servidores públicos.
O discurso mais emocionante foi, de improviso, do delegado José Mariano Beltrame, fortemente aplaudido desde sua entrada, quando relembrou o tempo que passou pela Academia Nacional de Polícia, na mesma condição dos formandos, há 30 anos. Beltrame é reconhecido pelo trabalho investigativo e ocupa posição de destaque na área de segurança pública. "Tudo que consegui devo à Polícia Federal. Como ser policial: lembrem-se do juramento e do compromisso, cumprindo-os com o mesmo vigor que cantaram hoje o Hino Nacional e vocês vão vencer", sugeriu o paraninfo aos formandos.
Os novos policiais ocuparão suas funções nas regiões de fronteira e do interior da região norte e centro-oeste, adquirindo importante experiência policial e possibilitando a mudança de lotação para os policiais que lá se encontram há alguns anos.
O delegado federal Carlos Frederico Ribeiro, chefe da Delegacia de Polícia Federal em Epitaciolândia, no Acre, por telefone, expressou sua grande expectativa com a chegada de novos agentes de polícia naquela unidade, renovando o ritmo dos trabalhos dinâmicos de enfrentamento ao crime na região de fronteira do Acre. Para Ribeiro, esta renovação gera um sentimento geral de felicidade, semelhante a dos agentes mais antigos que levarão sua experiência a outras cidades, isso eleva o astral de todos policiais naquela unidade.
A ADPF se empenha por uma solução breve para continuidade do concurso de Delegado de Polícia Federal, que se encontra suspenso judicialmente, e os candidatos a serem aprovados possam logo realizar o curso de formação profissional na ANP e também contribuir para este círculo virtuoso.
Os quase nove anos sem realização de concursos para delegados interferem negativamente na carreira e traz prejuízos ao trabalho policial que poderiam ser evitados. A ADPF defende a realização de concursos com maior frequência, com turmas menores e maior carga horária, para uma formação profissional mais ampla e qualificada em proveito da sociedade.
A ADPF parabeniza os formandos e deseja-lhes sucesso na nova profissão.