Delegados da PF criticam declaração de Cardozo

1 de dezembro de 2011 10:59

A Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal (ADPF) rebateu ontem declaração dada na semana passada pelo ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, que denunciou "acumpliciamento corporativo" nas corregedorias dos órgãos públicos. Segundo ele, as corregedorias protegem servidores envolvidos com desmandos e corrupção.

"Quantas vezes vemos situações de corregedorias que, diante de ilícitos evidentes e de um mal-estar na própria corporação em que o órgão está, resolvem colocar a sujeira debaixo do tapete para não ter que colocá-la à luz do sol, o que evidentemente propiciaria uma lição mais firme e decidida", assinalou Cardozo durante a reunião da Estratégia Nacional de Combate à Corrupção e à Lavagem de Dinheiro.

O ministro se pronunciou a quase uma centena de autoridades de todo o País, entre as quais delegados federais.

Em nota enviada à imprensa, a ADPF afirmou que "a Polícia Federal desempenha o seu papel de forma idônea e condena qualquer ato de tráfico de influência ou de interesses internos".

A associação disse ainda defender "maior autonomia administrativa e funcional para a totalidade da PF" e afirmou que "esse avanço" não será possível enquanto a Polícia Federal funcionar como "simples departamento do Ministério da Justiça".

*O Estado de S. Paulo

Delegados da PF defendem autonomia

A Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal (ADPF) divulgou nota de esclarecimento sobre as declarações do Ministro José Eduardo Cardozo (Justiça) sobre a existência de “conluio”, “acumpliciamento” e “corporativismo” nas corregedorias dos órgãos públicos, durante a reunião da Estratégia Nacional de Combate à Corrupção e à Lavagem de Dinheiro (Enccla), realizada na última segunda (28). Segundo a ADPF, "a Polícia Federal desempenha o seu papel de forma idônea e condena qualquer ato de tráfico de influência ou de interesses internos. Os delegados de Polícia Federal defendem maior autonomia administrativa e funcional para a totalidade da PF, e informam que esse avanço não será possível enquanto persistir a natureza de simples Departamento do Ministério da Justiça, diz a nota.

*Claudio Humberto