Delegados federais participam de media training na sede da ADPF
Promovido pela F7 Comunicação, assessoria de imprensa da Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal (ADPF), delegados federais das diretorias regionais da ADPF de todo país realizaram um curso de media training na sede da entidade. As apresentações tiveram como temática o relacionamento com a imprensa profissional e questões ligadas à divulgação de informações dos delegados a jornalistas. No curso, houve debate sobre a importância da aproximação dos diretores com os profissionais da imprensa, objetivando estreitar laços.
Na abertura do treinamento, o presidente da ADPF, Luciano Leiro, destacou a importância do trabalho junto à mídia tradicional e que faz reuniões semanais com a assessoria de comunicação para determinar pautas que promovam as bandeiras da associação na opinião pública, além de mitigar possíveis danos à classe em matérias jornalísticas.
O curso teve a participação do jornalista Diego Amorim, âncora da Nova Brasil em Brasília. Ele explicou sobre a importância de saber se comunicar em qualquer profissão, devido às exigências no uso das ferramentas de comunicação, não sendo diferente com o delegado federal. O jornalista explicou que, antes de qualquer tipo de divulgação, é preciso que o delegado conheça a linha editorial de cada veículo de comunicação. Diego Amorim deu dicas para entrevistas como: evitar piadas e ironias, evitar interromper o repórter, fazer elogios somente profissionais e estar preparado com documentos e dados. Ele ressaltou ainda que todos ao darem entrevista devem ter cuidado com promessas e não responderem o que não sabem.
O colunista Robson Bonin, que já atuou como jornalista investigativo e hoje é chefe da principal coluna de notas da revista Veja, foi outro dos participantes. Na palestra, ele falou sobre a importância de se procurar o jornalista e saber como se aproximar do mesmo, priorizando profissionais que tenham como requisito um bom tempo de experiência, pois a capacidade em enxergar o peso da informação é maior. Robson disse que o jornalista não tem amigos entre as fontes, mas sim uma relação de lealdade. Ele explicou que uma opinião pode ser passada sem que haja necessidade de atacar alguém. Tendo o uso da palavra, deve-se atentar aos seguintes fatos: não vai publicar, melhor evitar conversas desnecessárias; não expor contatos na imprensa; não difamar ninguém.
Finalizando o curso, os participantes receberam dicas para entrevistas com Mônica Krüger, fonoaudióloga que faz a preparação dos apresentadores da Globo. Ela enfatizou que o delegado tem que ter domínio e certeza do conteúdo que irá falar e tem que usar critérios para definir o que é importante para as pessoas saberem. Também destacou que o entrevistado deve saber conquistar o público, gerando empatia e links emocionais. Na hora das entrevistas, devem se utilizar de um vocabulário adequado e assertivo. Ela explicou que a postura física é responsável por 55% da informação e passou algumas dicas de postura corporal. Segundo Mônica, a voz também é um fator importante na entrevista, sendo responsável por 7% da informação. Ela disse ainda, que é necessário fazer exercícios vocais, principalmente quando a entrevista for no início da manhã, próximo da hora em que se acorda.