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Delegados publicam livros com apoio da ADPF

Dois livros foram lançados com o apoio da Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal. A obra “A Fórmula da Tirania”, do delegado Márcio Alberto Gomes Silva e “Crime Organizado e Infiltração Policial em Meio Econômico, a Investigação Criminal Entre Desafios e Limites”, de Max Eduardo Alves Ribeiro. As publicações que abordam temas relacionados a carreira de um delegado de Polícia Federal teve a divulgação realizada no dia 30 de novembro, na sede da ADPF.

Márcio Alberto, lotado na Academia Nacional de Polícia, lançou seu livro, fruto de 3 anos de pesquisa desenvolvida na Europa, com destaque para Portugal, e também no Brasil. Não sendo um livro jurídico, mas um livro histórico, fazendo o desencadeamento de seis sistemas violadores de direitos fundamentais do século XVI ao século XXI, como a Inquisição Portuguesa; o Nazismo, na Alemanha; o Stalinismo na União Soviética; o Estado Novo Português; a Ditadura Militar Brasileira; e o Estado Islâmico do Iraque e Síria, em uma situação hipotética em que o Estado Islâmico viraria um país.

Segundo o delegado, a obra serve para criar um modelo de análise do que existe de pior em termos de sistemas de governos fechados, ou seja, de autocracia, de regimes totalitários, em que se persegue os inimigos para matar, seja por execuções judiciais ou extrajudiciais.“A democracia não é uma conquista perene, ela precisa o tempo todo estar sendo observada e resguardada para que a gente não entre no caminho de sistemas que aconteceram no passado e que geraram a morte de várias pessoas”, cita o delegado.

A obra de Max Eduardo também é decorrente de um período em Portugal, assim como o Dr. Márcio. Fruto de um mestrado que o delegado Max fez no Instituto Superior de Segurança Interna de Ciências Políticas e Segurança Interna, em parceria com a Polícia Federal.

A obra parte inicialmente dos desafios consequentes da criminalidade organizada ao longo da história, para mostrar que a associação de pessoas no cometimento de crimes é algo que faz parte da natureza humana. Sendo assim, traz o conceito de que o cometimento de crimes é tão antigo quanto o próprio conceito de crime. “A partir disso, a gente faz uma abordagem para demonstrar que o crime organizado evoluiu e que ele se apresenta em todas as sociedades. E a gente traz os desafios deste fenômeno na realidade atual, dada a internet e a globalização, repercutindo no nosso modo de viver.” Destaca.