Delegados se preparam contra pacote de maldades do governo

6 de junho de 2012 10:05

 

No segundo dia de videoconferência para debater sobre a negociação salarial, os delegados se mostraram indignados com tratamento do governo e defenderam uma mobilização contra “pacote de maldades”. O encontro virtual realizado ontem (5), contou com a participação derepresentantes do Amapá, Mato Grosso do Sul, Tocantins, Roraima, Distrito Federal e Goiás. A reunião foi conduzida pelo diretor de Comunicação da ADPF, Cláudio Tusco. Hoje, a partir das 10 horas, será feita a última reunião dessa rodada.
 
De acordo com os dirigentes da ADPF, a equipe econômica do governo já se manifestou contrária a qualquer tipo de reajuste do funcionalismo que comprometa a meta de superávit primário, alegando a necessidade de cautela ante a crise internacional. 
 
Para o presidente da ADPF, Marcos Leôncio Sousa Ribeiro, o que está em jogo é muito mais do que a negociação salarial de 2012. “Se não nos mobilizarmos agora, a categoria corre o risco de ficar sem reajuste até 2017”, afirma Ribeiro.
 
Isso ocorreria porque, até o momento, nem a lei de diretrizes orçamentárias (LDO), nem o orçamento anual (LOA)para 2013, contemplam o reajuste do funcionalismo público. Conforme explica Ribeiro, sendo 2014ano de eleições e 2015o primeiro ano do próximo governo, dificilmente serão negociados qualquer reajuste nesse período. Ou seja, apenas em 2016 as conversas seriam retomadas, com previsão de gerar efeitos econômicos apenas em 2017.
 
Além de não querer dar reajuste, de acordo com o presidente da ADPF, o governo sinaliza com um "pacote de maldades", com fim da aposentadoria policial e a criação da previdência complementar do servidor público (Funpresp) também para os policiais federais.
 
Até 14 de junho, os delegados seguem em Assembleia-Geral Extraordinária Permanente, aberta no último dia 30 de maio. Durante esse período, além das miniconferências virtuais para orientação da categoria, os associados poderão participar de votação eletrônica, fórum de debates, abaixo-assinado online e assembleias presenciais deliberativas nos Estados, conforme calendário estabelecido pelas Diretorias Regionais.
 
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