Diplomas falsificados
A Polícia Federal em Mato Grosso do Sul indiciou, na segunda-feira(18), 25 pessoas acusadas de participar de um esquema de compra e venda de diplomas. A maioria dos envolvidos é de funcionários públicos do Estado.
O caso foi investigado por dois anos e meio em Dourados. Ao todo foram indiciados 33 servidores que fazem parte da Agência Penitenciária do Estado. Eles são acusados de comprar diploma de graduação de uma faculdade na região Sul do estado. O inquérito já está nas mãos do Ministério Público Federal.
Segundo a Polícia Federal, agenciadores facilitavam o esquema e coordenavam as fraudes em Campo Grande. A maioria dos certificados falsos era dos cursos de pedagogia e letras. O suposto aluno pagava e recebia o documento sem freqüentar as aulas.
Outros três funcionários da faculdade que fornecia o diploma também foram indiciados. Segundo as investigações, eles cobravam R$ 5 mil por um pacote que incluía certidão de conclusão de curso e histórico escolar. Os envolvidos responderão por estelionato e falsificação de documento e podem pegar até 11 anos de detenção.
A atual diretoria da Agência Penitenciária afirma que todos os funcionários envolvidos foram afastados. Diz também que só vai abrir inquérito administrativo contra os funcionários depois que receber cópias do inquérito da PF. Este mês dois funcionários já foram demitidos da agência porque apresentaram diplomas falsos de uma faculdade do interior de São Paulo.