Dirigentes da Cisco apelam contra bloqueio de bens

25 de outubro de 2007 10:23

Um primeiro pedido, apresentado à 4ª Vara Criminal Federal anteontem, tem por objetivo liberar os bens do presidente da Cisco no Brasil, Pedro Ripper, e do diretor de Canais, Marcos Sena.

A Cisco é uma empresa solvente (que paga suas dívidas), e não há necessidade de se manter o bloqueio dos bens próprios dos dirigentes argumentou ontem o criminalista Arnaldo Malheiros Filho, que defende Ripper e Sena.

Para pedir o desbloqueio dos bens, no entanto, os advogados ainda dependem da abertura de vista do inquérito da Polícia Federal (PF) e do Ministério Público Federal (MPF) relativo à Operação Persona.

Depois disso, os pedidos devem ser analisados pelo Tribunal Regional Federal da 3ª Região, segundo advogados consultados pela reportagem.

A operação culminou com a prisão de mais de 40 pessoas em supostas fraudes e crimes fiscais, que teriam resultado em prejuízo de R$ 1,5 bilhão à Receita Federal. O caso está sob segredo de Justiça.

Na decisão que assinou determinando as prisões, o juiz federal da 4ª Vara Criminal, Alexandre Cassetari, deferiu também o arresto dos bens das pessoas jurídicas e de 19 executivos que estariam envolvidos com as fraudes.

Prazo de prisão temporária termina amanhã Além de Ripper e Sena, continuam com os bens interditados pela Justiça Federal outras 17 pessoas, entre elas Paulo Roberto Moreira, José Ricardo Gantus, Ernani Bertino Maciel, Moisés Aleixo Nunes, Fernando Grecco, Hélio Benetti Pedreira, Moacyr Alves Sampaio, José Roberto Peronomian Rodrigues, Marcelo Naoki Ikeda e Luiz Scarpelli Filho.

Ontem, também foi pedida a revogação da prisão de Hélio Benetti Pedreira. Segundo a Justiça Federal, o juiz aguarda a manifestação do MPF. Benetti, Carlos Carnevali, Paulo Roberto Moreira, Peronomian, Cid Guardia Filho e Sampaio continuam presos em São Paulo.

O prazo das prisões temporárias acaba amanhã.