Efetivo da PF em Mato Grosso não tem aumento há 10 anos

29 de maio de 2017 10:58

Há pelo menos 10 anos o efetivo da Polícia Federal em Mato Grosso é o mesmo. São cerca de 300 delegados e investigadores, responsáveis pelo combate de crimes de alta periculosidade, especialmente o tráfico internacional de drogas, que transita em fronteira seca de mais de 700 quilômetros para atravessar cocaína, maconha e outros entorpecentes, por terra e de avião. A categoria cobra que este número chegue a 1200 ou seja quatro vezes maior.

 

Em entrevista à Gazeta, o delegado que atua no setor de combate ao crime organizado, Sérgio Mori, confirmou que Mato Grosso é um Estado de dimensões continentais e que, desta forma, fica difícil garantir uma cobertura total. No entanto, segundo ele, a instituição está atenta às movimentações criminais até mesmo em região de mata, como em reservas indígenas, locais de difícil acesso,onde a disputa é por madeira e minérios, como ouro e diamantes.

 

De acordo com o Sindicato dos Policias Federais de Mato Grosso (Sinpef), nem 100 policiais estão destacados para fazer a cobertura na região de fronteira. Para se ter ideia do risco deste tipo de trabalho de combate ao tráfico, em maio de 2015, um policial federal morreu, em Sinop (500 Km ao Norte de Cuiabá), após troca de tiros em abordagem a uma quadrilha que tentava roubar avião de pequeno porte em um aeródromo na zona rural do município. O policial Mário de Almeida Mattos foi atingido por um tiro no tórax. A quadrilha fugiu. Estes aviões são usados para o transporte de drogas.

 

Outro problema que a Polícia Federal enfrenta, de acordo com o presidente do Sinpef, Erlon José Brandão Souza, é com coletes à prova de bala, que têm data de validade. No país, segundo ele, esta é uma preocupação recorrente e muitos estados já acionaram o Governo Federal. “Os nossos vão vencer em maio e junho e se não atualizarem vamos fazer o mesmo”, avisa Erlon. Por outro lado, a PF de MT, conforme o sindicalista, está bem armada.

 

Segundo ele, delegados e investigadores portam pistolas Glock, de empresa austríaca, a melhor disponível no mercado pela confiabilidade, velocidade de disparos e discrição, e também submetralhadoras HK e fuzis AR-15. “Quanto aos veículos, a PF atua em Pajeros, são carros novos e em quantidade suficiente”, avalia Erlon. Para ele, as reinvidica- ções são importantes para garantir o trabalho da PF, que tem sido fundamental inclusive para enquadrar “tubarões” do poder.

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