Em cerimônia de posse, Paiva reitera bandeiras de luta da ADPF
Reconduzido para o segundo mandato consecutivo à frente da Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal (ADPF), o delegado federal Edvandir Felix de Paiva deu o tom de como será a gestão do próximo biênio (dez/2019 a dez/2021): lutar pela autonomia da PF; pelo mandato para diretor-geral da PF; pelo fortalecimento do orçamento da PF e fortalecimento da Polícia Federal em todos os setores da sociedade.
“Este ano, tivemos algumas perdas de direitos, mas a luta continua para que possamos recuperar algo que foi perdido, ampliar o que seja necessário para a Polícia Federal e para os delegados”, reiterou Paiva durante a cerimônia de posse da Diretoria Executiva, ocorrida nesta quarta-feira (4), na sede nacional da entidade no Lago Sul, em Brasília (DF).
Além de familiares e funcionários da associação, o evento contou com a presença de integrantes da Polícia Civil e da PF, entre delegados, coordenadores e diretores, como o diretor-geral da Polícia Federal, Maurício Valeixo, e o diretor de Gestão de Pessoal da PF, Delano Cerqueira Bunn; dirigentes de entidades de classe; representantes de escritórios de advocacia que prestam serviços para a ADPF; autoridades, como o delegado federal e atual secretário-executivo do Ministério da Justiça e Segurança Pública, Luiz Pontel de Souza, que representou o ministro Sérgio Moro; o secretário de Segurança do DF, delegado de Polícia Federal Anderson Torres; o tenente-coronel Rodrigo Wilson, representando a Força Nacional; e Nilo Cerqueira, representando o senador Izalci Lucas.
O presidente da ADPF afirmou que o papel da associação é lutar por uma Polícia Federal mais forte e para que o cargo de delegado seja cada dia mais respeitado. “É isso o que nós fazemos todos os dias. Foi isso o que nós fizemos no Congresso Nacional e continuaremos a fazer durante os próximos dois anos”, disse.
Paiva também falou que um dos pilares que procurou imprimir no primeiro mandato foi o diálogo respeitoso – de colegas -, levando sempre o que é melhor para a Polícia Federal e para os delegados. “E acredito que a presença de vocês aqui simboliza que nós tivemos um relativo sucesso e, que, nos próximos dois anos, nós consigamos manter esse relacionamento, esse diálogo”, declarou o delegado federal.
Ele fez uma menção aos ex-presidentes da associação dizendo que uma das responsabilidades quando assumiu a gestão, pela primeira vez, foi manter a credibilidade da instituição perante à sociedade, principalmente, ao manifestar o posicionamento dos delegados publicamente quando necessário.
“O Dr. Paiva é um grande amigo, um grande parceiro. Mas, sobretudo, uma pessoa que tem tido a serenidade de poder avaliar as circunstâncias e marcar presença quando é o momento. Pois, não podemos nos furtar de marcar presença quando é necessário porque, acima de tudo, vem a defesa da Polícia Federal”, afirmou o vice-presidente da ADPF, Luciano Leiro, que também é diretor regional da ADPF-DF.
Segundo Leiro, não há como dissociar a ADPF da Polícia Federal, dada a importância do trabalho que é desempenhado para resgatar o sentimento de acabar com a corrupção e a criminalidade no País. “Por isso que, quando eu digo que a defesa da Associação dos Delegados, na verdade, é a defesa da Polícia Federal”, falou.
O vice-presidente também rendeu homenagem aos ex-presidentes e aos aposentados. “A ADPF tem muito a cara dessas pessoas, assim como os nossos aposentados. Hoje, nós estamos aqui porque todos eles fizeram essa Polícia Federal que a gente tanto preza e tem orgulho”, disse Leiro.
Edvandir Paiva ainda agradeceu à família, aos amigos e parceiros que fez ao longo da primeira gestão e aos integrantes da Diretoria Executiva que o acompanharam nessa trajetória e os que passarão a fazer parte no novo mandato. “Talvez seja isso que daqui a dois anos eu vou levar para casa: as amizades que eu fiz na associação; o respeito; as admirações mútuas”. Ele enumerou os eventos realizados no primeiro mandato: oito simpósios e 12 corridas contra a corrupção, sempre elevando o nome da Polícia Federal.
Para Paiva, mesmo a associação demandando muitas atividades, é um imenso prazer representar os delegados federais. “Em tudo na vida há ônus e bônus. Mas os ônus são pequenos perto da minha felicidade de representar uma classe tão respeitada por todos. Todas as vezes que eu falei, eu tentei falar em nome dos delegados. E é esse o meu compromisso”, reforçou.
O diretor-geral da Polícia Federal, Maurício Valeixo, desejou sucesso a toda a Diretoria Executiva da ADPF e considerou que a recondução da atual chapa eleita é uma demonstração da forma exitosa com que Edvandir Paiva vem conduzindo a Associação Nacional dos Delegados da Polícia Federal.
“Deixo aqui o nosso reconhecimento no sentido de as demandas que as entidades de classe endereçam à administração – e esse é um processo legítimo – muitas vezes são compatíveis com aquilo que a administração entende. Outras, não, mas esse é um processo legítimo e, através desse processo, é que nós construímos uma Polícia Federal mais forte”, declarou Valeixo.
Cerimônia
Quem presidiu a cerimônia de posse, foi o delegado federal Onézimo das Graças Souza, presidente da Mesa Eleitoral. Ele disse que, mesmo em se tratando de uma candidatura única, o pleito ocorreu na mais completa normalidade.
Antes de Onézimo declarar a diretoria da ADPF empossada, o vice-presidente do Conselho Fiscal, Nilson Vieira dos Santos apresentou o relatório das atividades da associação e a prestação de contas da atual Diretoria Executiva. Por fim, o presidente da entidade assinou o Termo de Posse e entregou os diplomas aos integrantes presentes.
Após a entrega dos diplomas, houve o descerramento da foto do delegado federal Carlos Eduardo Sobral, antecessor de Paiva, para compor a galeria de ex-presidentes da ADPF.