Entidades de classe discutem sobre a criação do Dia do Delegado de Polícia
O presidente em exercício da ADPF, Bolivar Steinmetz, e os representantes das demais entidades representativas dos delegados de Polícia, ADEPOL-BR e FENADEPOL, participaram nesta quinta-feira, 10, de audiência pública, na Câmara dos Deputados, sobre a instituição da data comemorativa do dia do Delegado de Polícia.
A reunião, promovida pela Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado, atende ao requerimento do deputado Lourival Mendes PTdoB/MA que propõe a criação de um projeto de lei instituindo o dia 3 de dezembro como o Dia do Delegado de Polícia. A data marca a criação do cargo no ano de 1841, regulamentada pelo Decreto nº 120, de 31 de janeiro de 1842. Na época, foi instituída a figura do chefe de polícia para o município da Corte e de delegado e subdelegado para cada uma das Províncias do Império. Para o Lourival Mendes, o pedido em comento é uma homenagem aos “valorosos profissionais, que dedicam as suas vidas na defesa intransigente dos direitos do cidadão. Verdadeiros garantidores da lei e da defesa da ordem”.
Para Bolivar, a data não dignifica um feriado, mas uma honrosa lembrança à categoria. “Os delegados estão cada vez mais preparados para a execução das suas funções. Ter o reconhecimento do Legislativo mostra que estamos no caminho certo, sempre em busca da ordem pública”, disse o presidente da ADPF.
O diretor de Prerrogativas da ADPF, Claudio Tusco, também agradeceu a iniciativa e ressaltou a importância do aprimoramento das atividades policiais. “Em 1841 foi criada uma carreira visando proteger o Estado e os cidadãos. Desde então, trabalhamos pelo bem da sociedade, visando sempre uma segurança pública forte e de qualidade. Como dizia Ruy Barbosa “A Justiça quando tardia não é mais Justiça”, e é por isso que precisamos viver em constante luta pelo aprimoramento das instituições policiais”, concluiu Cláudio Tusco.
“O delegado é o primeiro a ser procurado pelo cidadão que necessita da polícia para a prestação de assistência moral e jurídica. Agradecemos o deputado pelo reconhecimento ao nosso trabalho”, afirmou o presidente da Fenadepol, delegado Antônio Barbosa Góis. O representante da ADEPOL-BR, Wladimir Sérgio Reale, também elogiou a iniciativa. “Não podemos falar do delegado sem relembrar a sua história. Há 170 anos houve a criação do cargo de delegado de Polícia. Nós presidimos inquéritos, coordenamos as investigações e auxiliamos na administração jurídica, sempre em defesa da sociedade”, lembrou.
A deputada Keiko Ota (PSB-SP) também participou da audiência e agradeceu a atuação da polícia no Brasil. “Em 1997 perdi um filho em um sequestro seguido de morte. Tive muito apoio da polícia e hoje, após 14 anos dessa tragédia que marcou a minha vida, venho pedir que os delegados e demais policiais tenham sempre uma atenção humanizada às famílias que procuram as delegacias em busca de investigação e justiça”, complementou emocionada.
Após o debate, o deputado Lourival Mendes informou aos representantes classistas que seguirá com a criação do projeto de lei.