Esquema de segurança de Obama em Brasília vai envolver cerca de 3,5 mil agentes
Cerca de 3,5 mil agentes civis e militares já estão a postos para garantir a segurança do presidente norte-americano, Barack Obama, amanhã (19) durante sua estada em Brasília. Além da vigilância de locais considerados estratégicos, os homens e mulheres das Forças Armadas, Polícia Federal (PF), Polícia Rodoviária Federal (PRF), do Corpo de Bombeiros e policiais militares e civis irão controlar o deslocamento da comitiva presidencial e acompanhar todas as atividades de Obama na capital federal.
Segundo o comandante da 11ª Região Militar, general José Carlos de Jesus Corrêa, serão empregadas cerca de 350 viaturas, entre elas ao menos dois blindados, 72 motos e seis helicópteros, além das lanchas e equipamentos empregados pela Marinha para patrulhar o Lago do Paranoá, onde embarcações particulares não poderão navegar durante o tempo em que Obama estiver na cidade. Apesar da restrição a pousos e decolagens de jatos executivos durante todo o dia, o Aeroporto Internacional de Brasília funcionará normalmente para voos comerciais.
O tráfego de veículos na Esplanada dos Ministérios também será interrompido entre as 8 horas e as 17 horas, inclusive nas vias entre os edifícios principais dos ministérios e seus anexos (N1 e S1), no trecho entre a Catedral de Brasília e a Praça dos Três Poderes.
Quem for à esplanada a fim de ver Obama chegar ao Palácio do Planalto, onde ele vai se reunir com a presidenta Dilma Rousseff, terá que se contentar em vê-lo a pelo menos 200 metros de distância, limite definido em função dos riscos e possíveis ameaças, de acordo com o oficial de Comunicação Social do Comando Militar do Planalto, major Gomes da Silva. A segurança pessoal do norte-americano ficará a cargo do próprio Serviço Secreto dos Estados Unidos.
Sem dar muitos detalhes sobre o esquema de segurança, o major disse não poder afirmar que este é o maior esquema já montado no país para receber uma autoridade estrangeira, mas comparou as providências adotadas ao nível de atenção dispensado a eventos como a vinda do papa Bento XVI ao país, em 2009. Silva também explicou que, durante a fase de preparação do esquema, que é discutido com as autoridades norte-americanas, o risco de um atentado terrorista contra Obama ou sua família é levado em conta.
“Existem sim as hipóteses de atentados e de terrorismo e qualquer visita de chefes de Estado demanda uma busca de informações a respeito dessas possibilidades. A tropa está preparada e contamos com destacamento contra terror, pelotão especializado em defesa química e biológica e posso afirmar que as ações preventivas foram tomadas”, disse o major. As informações são da Agência Brasil.