Executivo nega envolvimento em operação
De acordo com a PF, o então presidente do Bemge disse que nem sequer “teve conhecimento ou tampouco autorizou qualquer patrocínio ao “Iron Biker”.
À Folha Bicalho reafirmou ontem que não teve conhecimento desse fato e disse que “cada empresa [do grupo Bemge] tinha o seu diretor executivo”, justificando assim a emissão dos cinco cheques de R$ 100 mil, sendo um de cada empresa do grupo.
“Eu estava envolvido de corpo e alma na privatização do banco. Era um momento complicado, estava tendo a crise [econômica] da Rússia, tanto que teve banco que ia participar do leilão de privatização e não participou porque nem teve autorização do Banco Central. Eu estava envolvido só na privatização.”
Ele disse não saber do indiciamento. “Eu fui interrogado, mas não teve nada ainda. Não fui comunicado de nada”, disse.
No relatório, a PF afirma que não houve formalização de atos administrativos relacionados aos repasses do Bemge. O Itaú, comprador do Bemge, informou à Polícia Federal que “não encontrou em seus arquivos os documentos que fundamentaram os pagamentos relacionados ao patrocínio do evento “Iron Biker”.
A assessoria do empresário Marcos Valério Fernandes de Souza informou que ele não vai se manifestar sobre o esquema mineiro em investigação.
Em nota encaminhada à Folha, a assessoria do senador Eduardo Azeredo (PSDB) disse que “o patrocínio para o Enduro da Independência foi legal, segundo comprovam documentos das empresas que adquiriram as cotas, e o evento realmente foi realizado” e que “as ações de publicidade institucional da Cemig […] existiram e se destinaram a campanhas sobre economia de energia”.