Expirado prazo, PF libera presos do caso Cisco

23 de outubro de 2007 10:10

Quinze dos detidos deixaram a sede da PF em São Paulo. Os presos foram soltos devido ao vencimento do prazo das prisões temporárias relativas ao caso. Entre os libertados está o presidente da filial brasileira da Cisco, Pedro Ripper.

O juiz federal Alexandre Cassetari, da 4ª Vara Federal Criminal, decidiu renovar o pedido de prisão temporária de apenas seis dos 40 presos pela Polícia Federal na Operação Persona, embora o Ministério Público Federal (MPF) houvesse solicitado a renovação da prisão temporária de 15 pessoas.

Pedro Ripper foi preso na terça-feira, após investigações da PF, da Receita Federal e do MPF terem apontado a participação da Cisco em irregularidades. No último dia 18, em comunicado, a Cisco havia se defendido das acusações afirmando não acreditar que agiu de forma inapropriada.

“A Cisco se orgulha de suas contribuições para a economia brasileira, fornecendo redes críticas de internet, e de sua participação ativa na promoção da inclusão digital no País. Nossa ética, integridade e obediência às leis são os valores centrais de nossa empresa”.

Segundo a Receita Federal, a fraude consistia na utilização de empresas instaladas em paraísos fiscais (Panamá, Bahamas e Ilhas Virgens Britânicas) e de sócios de baixo poder aquisitivo para realizar importações com impostos reduzidos e burlar os controles da alfândega brasileira.

As estimativas são de que, dessa maneira, a empresa trouxe para o Brasil, nos últimos cinco anos, US$ 500 milhões em mercadorias que custariam US$ 1 bilhão se entrassem no país de maneira honesta. A Cisco se defende afirmando que não importa produtos diretamente para o Brasil, mas por meio de revendedores.