Família é acusada de fraudar benefícios do INSS em Pernambuco

RECIFE – Uma operação comandada pela Polícia Federal descobriu, em Cabo de Santo Agostinho, em Pernambuco, um esquema de desvio de dinheiro da Previdência Social. O valor chega a mais de R$ 1,6 milhão. A ação contou também com a participação do Ministério da Previdência e do Ministério Público Federal. A fraude era feita por pessoas de uma mesma família, segundo a PF.

O superintendente em exercício da Polícia Federal em Pernambuco, Marcelo Diniz Cordeiro, e o assessor de Gerenciamento de Riscos do Ministério da Previdência Social, Dilmar Pregardier, explicaram que o crime era praticado há alguns anos. Na operação, foram cumpridos três mandados de prisão. Outras três pessoas estão foragidas. A quadrilha falsificava atestados de óbito e conseguia que o benefício fosse liberado em nome de filhos menores de idade.

A falsificação realizada pelo grupo cuidava para que a data do óbito fosse bastante antecedente ao requerimento, utilizando um menor como titular do benefício – casos em que os valores pagos pela Previdência Social retroagiam à data do óbito. Dessa forma, os valores giravam em torno de R$ 20 mil e R$ 65 mil.

– Essa quadrilha colocava procurações falsas para receber o valor retroativo – disse Marcelo Diniz Cordeiro.

Dilmar Pregardier disse que não foi identificada a participação de funcionários no esquema.

– São todos de fora, que faziam da fraude o seu dia-a-dia – falou.

Na operação, a polícia apreendeu três discos rígidos de computadores, nove celulares e três carros. No total, participaram 70 policiais federais e dez servidores da Previdência Social.

Fonte: O Globo