Farmácias lacradas na Ilha
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) interditou duas farmácia no Bairro Trindade, em Florianópolis, por venderem medicamentos falsos e de tarja preta sem exigência da receita médica, ontem. De acordo com a Polícia Federal, os comércios pertenciam a um professor da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Um depósito irregular também foi lacrado no Bairro Campinas, em São José.
O delegado da Polícia Federal (PF) Ildo Rosa afirmou que, durante o depoimento, o dono dos estabelecimentos lacrados admitiu que comprava Viagra e Ciallis falsificados. O fornecedor seria um vendedor que chegava ao balcão com os produtos.
A diferença para o original era gritante, de acordo com o fiscal da Anvisa Thiago Rezende. O tamanho e cores das caixas eram diferentes e não havia selos de segurança. O dono foi preso em flagrante e pode pegar de 10 ea 15 anos de prisão, se condenado.
A pena pode aumentar porque vender medicamentos tarja preta, no caso de antidepressivos e controladores de ansiedade, sem ficar com as receitas, prevê entre cinco e 15 anos de reclusão. O dono negou esta suspeita e alegou que não tinha as receitas porque o sistema de arquivamento passa por mudanças. Nas duas farmácias foram recolhidas 44 caixas de remédios controlados estocadas de forma incorreta e 31 de remédios falsos. Tudo será queimado.
Um depósito ilegal em São José, na Grande Florianópolis, com milhares de medicamentos, também foi descoberto. Além de não ter permissão para funcionar, o local não respeitava as regras estabelecidas em lei.
O fiscal Marcelo Camilo Ribeiro declarou que havia caixas no chão e os produtos tarja preta não estavam numa sala trancada, conforme é recomendado. As notas fiscais foram requeridas ao dono, que prestava depoimento na noite de ontem.
O advogado dele, Alessandro Marceddu, disse que aguardaria a apuração dos técnicos da Anvisa para se pronunciar sobre o caso.
Fonte: Diário Catarinense