Filho de Sarney na mira da PF
A pedido do Ministério Público, que abriu inquérito sigiloso contra Fernando, a Polícia Federal grampeou por um ano o empresário e sua mulher, e a Receita Federal quebrou o sigilo fiscal das empresas do grupo.
Do inquérito aberto constam 13 volumes, sendo que 11 deles apresentam extratos da movimentação financeira de Fernando, sua mulher e empresas da família. O empresário já teve acesso a parte do inquérito e já entrou na Justiça para pedir acesso aos dois volumes em que estariam os relatos das ligações telefônicas. Pelo que eu soube não há gravações, apenas monitoramento telefônico, afirmou Fernando Sarney.
Ele negou que tenha feito qualquer movimentação financeira irregular durante a campanha eleitoral. Querer fazer essa ligação é uma ilação e eu vou provar isso na Justiça, disse. Ele confirmou que tem sido alvo de um inquérito do Ministério Público, que corre sigilosamente há um ano. Segundo o empresário, as investigações girariam em torno da sua movimentação financeira e de suas empresas. A movimentação do dinheiro em espécie surpreendeu os órgãos de fiscalização financeira que encaminharam a denúncia ao Ministério Público.
O empresário informou que não houve uma devassa ou quebra do sigilo fiscal de suas empresas, como asseguram fontes ligadas ao Ministério Público. A Procuradoria-Geral da República informou que não tem como confirmar ou desmentir a existência do inquérito. A assessoria admitiu a possibilidade de o empresário estar sendo investigado em inquérito sigiloso envolvendo parlamentares. A Polícia Federal não se pronuncia sobre investigações comandadas pelo Ministério Público. A assessoria de Roseana informou desconhecer a investigação.