Foragido tenta movimentar R$1 milhão
Maneco está foragido desde 24 de abril. A PF desconfia que ele esteja em Portugal, de onde é seu pai. Também existe a suspeita de que Maneco esteja em uma fazenda no Uruguai. A Interpol foi acionada para auxiliar na captura.
Segunda-feira, a PF e o Ministério Público Federal (MPF) foram informados pelo Conselho de Controle da Atividade Financeira (Coaf) sobre uma movimentação suspeita. Maneco tentava movimentar R$1 milhão entre cinco contas bancárias em seu nome e de outras três pessoas, entre elas sua esposa, Maria de Lourdes Germano.
Alertado pelo Coaf, o MPF conseguiu o bloqueio dos bens junto à 2ª Vara Criminal Federal, e a tentativa de transação foi abortada. Agora, a PF concentra esforços na busca a Maneco. Os policiais já sabem que, alertado pelo ex-coronel da PM Wilson Consani Jr. na véspera da Operação Santa Teresa, Maneco se escondeu na casa de amigos em São Paulo, esperou a poeira baixar e teria fugido para o exterior. A hipótese mais provável é que ele tenha seguido para Portugal, onde mora parte de sua família.
PF acusa empresário de ser o elo entre quadrilhas
A Interpol foi acionada, e o nome de Maneco passou a constar na lista de procurados pela polícia no mundo todo.
O empresário, dono da construtora Fernandes & Bastos e, segundo a PF, da casa de prostituição W.E., é acusado de ser o elo entre as quadrilhas que cobravam propinas de até 4% na liberação de empréstimos do BNDES e a que explorava a prostituição e fazia tráfico interno e externo de garotas de programa.
A W.E., segundo a Polícia Federal, era usada para lavar dinheiro das propinas. Em um único dia, a casa movimentava R$75 mil. Canhotos e cópias de cheques da W.E. com as iniciais de alguns dos acusados foram encontrados pelos agentes.
Ontem (20), a PF pediu abertura de inquérito para apurar os vazamentos de informações sobre as investigações.