Grupo Tortura Nunca Mais é condenado por danos morais
O processo está em fase de execução (pagamento) desde maio deste ano -a sentença, em primeira instância, foi proferida em 2005.
A ONG veiculou em seu site texto apontando o delegado da PF Roberto Jaureguiber Prel Junior e os agentes Luiz Oswaldo Vargas de Aguiar, Luiz Amado Machado e Anísio Pereira dos Santos como torturadores.
Eles foram acusados de tortura pelo funcionário da Petrobras Carlos Abel Dutra Garcia, que disse ter sido agredido em 1996. A Justiça entendeu que não houve provas e proferiu sentença em favor dos policiais.
As lideranças dizem que a entidade não tem dinheiro. Afirmam contar apenas com doação. Dois shows já foram promovidos para arrecadar fundos para pagar as indenizações, mas não foram suficientes para alcançar o valor.
“No último show, no Circo Voador, foram 403 pagantes. Só lucramos R$ 3.500. Na conta que abrimos para pedir doações temos hoje algo em torno de R$ 22 mil”, disse a presidente do grupo, Cecília Coimbra.
O esforço da entidade pode ter que aumentar. O advogado dos policiais, Luiz Alberto Alves Diniz, pediu à Justiça a aplicação de multa de 10% por atraso no pagamento.
A Justiça entendeu que “o texto publicado na internet não foi preciso e fez crer aos leitores que os autores eram comprovadamente torturadores”. (ITALO NOGUEIRA)